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As lições da Lava Jato para as eleições municipais deste ano

Editorial do O POVO deste sábado (9) alerta ao eleitor das lições de corrupção política, reveladas pela Lava Jato. Confira:

As eleições municipais deste ano, no Brasil, acontecerão sob o efeito educativo da Operação Lava Jato. Mesmo que se contestem alguns pontos da condução ou algumas atitudes do juiz Sérgio Moro, o caminho investigatório traçado no combate a corrupção – envolvendo, principalmente, empresários e políticos – é um alerta contra as tentações de apropriação criminosa do dinheiro público.

É inconcebível, caso seja comprovada como verdade, a recente delação premiada de ex-executivos da Andrade Gutierrez envolvendo a construção da Usina Hidrelétrica de Belo Monte. De acordo com os altos funcionários, um conluio de empreiteiros responsáveis pela obra acertou o pagamento de R$ 150 milhões de propina. Dinheiro que teria sido rateado, entre o PT e o PMDB, em forma de doação legal para as campanha de 2010, 2012 e 2014.

A história escabrosa, provavelmente comum nos bastidores dos poderes federal, estadual e municipal, não pode vogar mais para garantir que esse ou aquele candidato/partido corrupto se eleja para governar um país, um estado ou um município.

Por bem, essa será a primeira eleição em que as empresas estão proibidas de doarem a candidatos e partidos. O País experimentará uma campanha em que a Justiça Eleitoral deverá redobrar a atenção para as manobras que podem favorecer um caixa dois. É aí que entra o potencial didático da Lava Jato.

Candidatos novos, políticos que se perpetuam no poder e empresários descomprometidos com o que é coletivo pensarão duas vezes antes de esquadrinhar acordos espúrios. É o que se imagina.

Segundo o Tribunal Superior Eleitoral, mais de 400 mil candidaturas disputarão o pleito municipal, quando estarão em jogo os cargos de prefeitos, vice-prefeitos e vereadores no Brasil. Serão muitas contas para avaliar. E, dessa vez, com mais rigor e convictos que a corrupção não é mais tolerável. Fere de morte a vida de cada brasileiro honesto.

Basta e, em meio a tantas denúncias e achaques, a população brasileira não pode banalizar o que foi tornado público e incorporar como traço cultural.

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