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Tomou vacina e morreu - EPOCA

Ballalai observa que nenhuma vacina oferecerá na vida real 100% de proteção porque a imunidade depende não apenas do imunizante, mas também do imunizado. A resposta do sistema imunológico varia de um indivíduo para outro. Existem pessoas com duas doses de qualquer um desses imunizantes que morreram de Covid-19. Esses casos chamam a atenção justamente porque são raros.

— O Brasil está com baixíssima cobertura vacinal para duas doses e tem uma quantidade enorme de jovens sem perspectiva de receber vacinas. Isso é dramático — diz Ballalai, que chama atenção para o caso do Chile. Lá a maciça aplicação de uma dose da CoronaVac não teve efeito expressivo, mas a situação mudou depois da segunda dose.

Por ser a primeira a ser desenvolvida, a Pfizer foi testada nos EUA num momento em que a pandemia não havia explodido lá e variantes mais contagiosas, como beta, delta e gama (a P1 brasileira), ainda não haviam emergido.

A boa notícia é que o imunizante se manteve eficaz em análises de efetividade divulgadas em meados de junho. Estas indicaram que a Pfizer e a Moderna, feitas com a mesma tecnologia, oferecem imunidade persistente, por pelo menos um ano, inclusive para as variantes.

Ballalai observa que nenhuma vacina oferecerá na vida real 100% de proteção porque a imunidade depende não apenas do imunizante, mas também do imunizado. A resposta do sistema imunológico varia de um indivíduo para outro. Existem pessoas com duas doses de qualquer um desses imunizantes que morreram de Covid-19. Esses casos chamam a atenção justamente porque são raros.

— O Brasil está com baixíssima cobertura vacinal para duas doses e tem uma quantidade enorme de jovens sem perspectiva de receber vacinas. Isso é dramático — diz Ballalai, que chama atenção para o caso do Chile. Lá a maciça aplicação de uma dose da CoronaVac não teve efeito expressivo, mas a situação mudou depois da segunda dose.

Por ser a primeira a ser desenvolvida, a Pfizer foi testada nos EUA num momento em que a pandemia não havia explodido lá e variantes mais contagiosas, como beta, delta e gama (a P1 brasileira), ainda não haviam emergido.

A boa notícia é que o imunizante se manteve eficaz em análises de efetividade divulgadas em meados de junho. Estas indicaram que a Pfizer e a Moderna, feitas com a mesma tecnologia, oferecem imunidade persistente, por pelo menos um ano, inclusive para as variantes.

— Até agora, não temos visto perda de eficácia das vacinas contra as formas moderadas e graves de Covid-19 devido às variantes. Há estudos em curso no Brasil e no mundo, isso tem sido monitorado — acrescenta Kfouri.

Estudos indicaram que as vacinas da Pfizer, Moderna e AstraZeneca podem oferecem imunidade persistente, por pelo menos um ano Foto: Felipe Nadaes
Estudos indicaram que as vacinas da Pfizer, Moderna e AstraZeneca podem oferecem imunidade persistente, por pelo menos um ano Foto: Felipe Nadaes

Um levantamento feito recentemente em Serrana (SP), onde 75% da população de recebeu duas doses da CoronaVac, mostra que houve redução de 95% das mortes por Covid-19. O resultado sugere que ela pode proteger contra a variante P1, dominante no Brasil e considerada até mais de duas vezes mais contagiosa do que as linhagens originais.

Os resultados da AstraZeneca chamam a atenção. A Agência de Saúde da Inglaterra (PHE, na sigla em inglês) informou em maio que as duas doses da AstraZeneca conferem 90% de proteção contra a Covid-19. Em estudo na Lancet, a Universidade de Oxford, parceira da AstraZeneca, mostrou que sua vacina pode proteger por pelo menos 1 ano pessoas que tomaram duas doses com um intervalo maior (45 semanas) ou receberam um reforço depois de duas doses com intervalo menor.

Em estudo na New England Journal of Medicine, a vacina da Janssen se mostrou capaz de, 28 dias após uma só dose, oferecer 100% de proteção contra hospitalização e morte por Covid-19. Quando se incluem casos graves, o percentual é de 84,5% e moderados, 66%. A média de proteção nos EUA foi de 72%. A vacina perde parte da eficiência para a variante sul-africana beta. Mas permanece, segundo a OMS, eficaz contra a delta. Como as demais, não foi testada contra a P1.

Efeitos adversos

  Existe vacina grátis, mas não há nenhuma que garanta risco zero de provocar efeitos adversos, quase a totalidade deles leves. À medida que mais pessoas se vacinam, aumentam, como seria esperado, relatos de gente que passou mal.

— Os efeitos são insignificantes frente aos benefícios — assegura Dalcolmo.

Ricardo Gazinelli, professor titular da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e presidente da Sociedade Brasileira de Imunologia, diz que a vacina da Pfizer, por exemplo, parece promover uma resposta mais potente na primeira dose, mas pode causar em algumas pessoas mais efeitos adversos leves na segunda dose.

A vacina da Pfizer pode provocar em casos extremamente raros miocardite e pericardite em jovens, informou em junho o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC, na sigla em inglês) dos EUA. Ainda assim, nada que justifique qualquer medida, além de atenção.

Já as vacinas da AstraZeneca e a da Janssen podem provocar efeitos adversos leves (febre e mal-estar, por exemplo) com mais frequência. Dalcolmo explica que os casos de trombose associados a essas vacinas nada têm a ver com a trombose comum e são extremamente raros. A estimativa é de um caso para cada 400 mil aplicações de AstraZeneca.

  Existe vacina grátis, mas não há nenhuma que garanta risco zero de provocar efeitos adversos, quase a totalidade deles leves. À medida que mais pessoas se vacinam, aumentam, como seria esperado, relatos de gente que passou mal.

— Os efeitos são insignificantes frente aos benefícios — assegura Dalcolmo.

Ricardo Gazinelli, professor titular da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e presidente da Sociedade Brasileira de Imunologia, diz que a vacina da Pfizer, por exemplo, parece promover uma resposta mais potente na primeira dose, mas pode causar em algumas pessoas mais efeitos adversos leves na segunda dose.

Não há vacina que garanta risco zero de provocar efeitos adversos, ressalta cientista Foto: Felipe Nadaes
Não há vacina que garanta risco zero de provocar efeitos adversos, ressalta cientista Foto: Felipe Nadaes

A vacina da Pfizer pode provocar em casos extremamente raros miocardite e pericardite em jovens, informou em junho o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC, na sigla em inglês) dos EUA. Ainda assim, nada que justifique qualquer medida, além de atenção.

Já as vacinas da AstraZeneca e a da Janssen podem provocar efeitos adversos leves (febre e mal-estar, por exemplo) com mais frequência. Dalcolmo explica que os casos de trombose associados a essas vacinas nada têm a ver com a trombose comum e são extremamente raros. A estimativa é de um caso para cada 400 mil aplicações de AstraZeneca.

Em grávidas, o risco é maior, mas ainda assim, baixo: 776 casos de trombose em 360 milhões de aplicações.

— Não há motivo para pessoas com trombose deixarem de tomar essas vacinas porque os mecanismos que causam os efeitos adversos raros são outros — afirma ela.

A CoronaVac está associada a menos efeitos adversos. Segundo Gazinelli, poderia ser especialmente adequada para gestantes e pessoas com alguma imunodeficiência.

 

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