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A origem da confusão - DAS VACINAS

A principal confusão dos “sommeliers” diz respeito às taxas de eficácia em estudos clínicos de fase 3, a última antes da autorização para uso na população. Esses testes mostraram eficácia de 95% para a Pfizer; 72% a 90% para a Janssen; 76% a 82% AstraZeneca; 51%, CoronaVac.

Mas as taxas não são comparáveis porque os estudos de fase 3 foram realizados em momentos diferentes da pandemia (alguns quando já havia novas variantes do coronavírus em circulação, outros não), com metodologias distintas (duração, escolha do tipo de placebo e dos grupos vacinados e de controle, por exemplo) e em países com diferentes taxas de contágio. Podem parecer detalhes, mas não são. Mal comparando, quando se contrasta o consumo de carros, é preciso testá-los em condições idênticas. Se um anda numa estrada de asfalto sem trânsito, outro numa de terra esburacada e um terceiro numa metrópole engarrafada, não há como provar que o primeiro é o mais econômico.

— Todas as vacinas em uso no Brasil são semelhantes em segurança e proteção para casos moderados a graves de Covid-19. E isso é o que importa — frisa Renato Kfouri, diretor da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm).

Especialista ressalta que todos os imunizantes disponíveis no país são semelhantes em segurança e proteção para casos moderados a graves de Covid-19 Foto: Felipe Nadaes
Especialista ressalta que todos os imunizantes disponíveis no país são semelhantes em segurança e proteção para casos moderados a graves de Covid-19 Foto: Felipe Nadaes

Mas a eficácia de 95% da Pfizer na fase de testes impressiona e puxava a fila de pessoas acima de 80 anos formada na Clínica de Família Santa Marta, em 22 de junho, data em que homens de 49 anos deveriam se vacinar. Naquele dia, havia Pfizer. Nenhum dos idosos ali morava na comunidade, mas todos tinham decidido não se vacinar com CoronaVac e AstraZeneca para esperar pela Pfizer e rondavam postos há semanas. Uma decisão, no mínimo, temerária.

A principal confusão dos “sommeliers” diz respeito às taxas de eficácia em estudos clínicos de fase 3, a última antes da autorização para uso na população. Esses testes mostraram eficácia de 95% para a Pfizer; 72% a 90% para a Janssen; 76% a 82% AstraZeneca; 51%, CoronaVac.

Mas as taxas não são comparáveis porque os estudos de fase 3 foram realizados em momentos diferentes da pandemia (alguns quando já havia novas variantes do coronavírus em circulação, outros não), com metodologias distintas (duração, escolha do tipo de placebo e dos grupos vacinados e de controle, por exemplo) e em países com diferentes taxas de contágio. Podem parecer detalhes, mas não são. Mal comparando, quando se contrasta o consumo de carros, é preciso testá-los em condições idênticas. Se um anda numa estrada de asfalto sem trânsito, outro numa de terra esburacada e um terceiro numa metrópole engarrafada, não há como provar que o primeiro é o mais econômico.

— Todas as vacinas em uso no Brasil são semelhantes em segurança e proteção para casos moderados a graves de Covid-19. E isso é o que importa — frisa Renato Kfouri, diretor da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm).

Especialista ressalta que todos os imunizantes disponíveis no país são semelhantes em segurança e proteção para casos moderados a graves de Covid-19 Foto: Felipe Nadaes
Especialista ressalta que todos os imunizantes disponíveis no país são semelhantes em segurança e proteção para casos moderados a graves de Covid-19 Foto: Felipe Nadaes

Mas a eficácia de 95% da Pfizer na fase de testes impressiona e puxava a fila de pessoas acima de 80 anos formada na Clínica de Família Santa Marta, em 22 de junho, data em que homens de 49 anos deveriam se vacinar. Naquele dia, havia Pfizer. Nenhum dos idosos ali morava na comunidade, mas todos tinham decidido não se vacinar com CoronaVac e AstraZeneca para esperar pela Pfizer e rondavam postos há semanas. Uma decisão, no mínimo, temerária.

— Atrasar a vacinação para escolher uma vacina vai custar a vida de muita gente devido à alta circulação de vírus no Brasil — alerta a pneumologista e pesquisadora da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) Margareth Dalcolmo.

Parece mas não é

Taxa de eficácia e análise de eficiência são conceitos diferentes

Eficácia e efetividade parecem, mas não são a mesma coisa. A eficácia é medida nos estudos clínicos de fase 3 e diz respeito à estimativa de proteção individual. Assim, uma vacina com 95% de eficácia confere 95% menos risco de contrair Covid-19 em relação a um não-vacinado. Mas não significa que 95 de cada 100 vacinados ficarão livres da doença. O que mede isso são as análises de efetividade, quando as vacinas já estão em uso maciço.

Todas as divulgadas até o momento apresentam saldo altamente positivo para os imunizantes. A mais sólida vem do Reino Unido, o primeiro país do mundo a começar a vacinar e que tem 65% da população com pelo menos uma dose.

Na Nature Medicine, cientistas britânicos disseram que “a vacinação contra a Covid-19 reduziu o número de novas infecções por Sars-CoV-2, com os maiores benefícios obtidos após duas doses contra infecções sintomáticas. Não houve diferença entre a BNT162b2 (Pfizer) e ChAdOx1 (AstraZeneca/Oxford)”. A CoronaVac e a Janssen não são usadas lá e, portanto, não foram comparadas. Isabella Ballalai, vice-presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), observa que o Reino Unido nos mostrou que o imunizante da AstraZeneca oferece de 85% a 90% de proteção com duas doses, a mesma da Pfizer.

— Chile e Uruguai nos provam que a CoronaVac reduziu óbitos e mortes em 90%. Também o mesmo patamar da Pfizer — afirma. ÉPOCA

 

 

 

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