Produção de rosas no Ceará se adapta ao clima e vira atração turística
O produtor de rosas Teodoro Swart se mudou de São Paulo para a serra do Ceará apostando no turismo rural para conseguir mais renda na atividade. A beleza do local atrai turistas de todos os lugares.
A fazenda dele, localizada em Ubajara, produz 23 milhões de rosas por ano. E a maior parte das flores faz a viagem de "volta" para São Paulo, mais precisamente para Holambra, município do interior do estado que é o maior centro de comercialização do produto.
Segundo o produtor, o clima da serra cearense é favorável para a atividade e ele consegue cultivar três variedades: amarela, vermelha e cor de rosa.
"Nossa produção se mantém bem estável. Enquanto isso, nas regiões de São Paulo, na região do sul de minas, essa produção cai justo nos dias de festa, quando a gente tem Dias das Mães, Dia dos Namorados...", comemora. PORTAL G1
Visita de Damares decidirá futuro de Memorial da Anistia
A ministra Damares Alves, dos Direitos Humanos, visitará, no fim do mês, as obras inacabadas do Memorial da Anistia, em Belo Horizonte (MG). A ela caberá a decisão de dar prosseguimento ou não à construção.
DE OLHO
Tocada pela UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais), a obra já custou R$ 26 milhões —cinco vezes mais do que o previsto inicialmente, em 2009. A Polícia Federal investiga suspeitas de desvio de dinheiro público.
OUTRO LADO
A UFMG afirma se manter “à disposição das autoridades, confiante que todas as circunstâncias serão esclarecidas”. E nada mais declara já que o processo está em segredo de Justiça.
Mônica Bergamo
Sobre hackers e jornalistas
Recentemente, o presidente da República declarou que o jornalista Glenn Greenwald, do site Intercept, “talvez pegue uma cana aqui no Brasil”. Isso porque a origem das informações divulgadas pelo sitedecorreria da ação de um hacker.
Mas a origem da informação não tira dos veículos de imprensa e dos jornalistas o direito de publicá-la. Mais do que isso, de posse de uma informação de interesse público, relevante e íntegra, o veículo ou o jornalista tem o dever ético de divulgá-la. É disso que trata a atividade da imprensa, goste-se ou não.
Sempre foi assim, e a única novidade desse caso é a suspeita —ainda por se comprovar— de que uma das fontes pode ter sido um hacker, essa pessoa que teria capturado diálogos entre as autoridades em um aplicativo de celular.
No Brasil já foram divulgadas pela imprensa uma diversidade enorme de informações que tiveram sua origem em procedimentos ilícitos. Em 1998 foram divulgadas por esta Folha conversas do então do presidente Fernando Henrique Cardoso e de Luiz Carlos Mendonça de Barros, dentre outros, por ocasião das privatizações do Sistema Telebras.
Um sem número de outros grampos foram divulgados por diferentes veículos e sites. Uma quantidade enorme de informações contidas em processos sigilosos já foi vazada para a imprensa. Sigilos bancários já foram violados e divulgados os dados daí decorrentes. Não há surpresa alguma, então, no fato de informações, apesar da origem ilícita, serem divulgadas licitamente.
Bolsonaro em dados
Em tão pouco tempo de governo, é difícil estabelecer relações de causa e efeito entre as escolhas do presidente Jair Bolsonaro (PSL) e os resultados obtidos pelas políticas públicas, favoráveis ou não.
Levantamento publicado neste domingo (11) pela Folha reuniu 87 indicadores de áreas tão distintas quanto economia, educação, saúde, meio ambiente, segurança, trânsito e opinião pública. No primeiro semestre, 44 deles —pouco mais da metade, portanto— mostraram retrocesso. Em 28, notou-se melhora, e em 15, estabilidade.
Decerto que numa lista de tal amplitude haverá dados a refletir tendências anteriores à atual administração. A estagnação ou queda de recursos destinados a órgãos e programas, em particular, observa-se desde 2015, quando o governo Dilma Rousseff (PT) reconheceu, na prática, o colapso das contas do Tesouro Nacional.
Veja o valor das duas parcelas do 13º do aposentado do INSS
A primeira parcela do abono de Natal de aposentados e pensionistas do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) começa a ser paga no dia 26 deste mês e os segurados conseguem calcular quanto receberão. Quem já recebia um benefício previdenciário em janeiro deste ano terá exatamente metade do valor de sua aposentadoria ou pensão.
O trabalhador que está afastado recebendo auxílio-doença também tem direito ao benefício, mas o cálculo é diferente e a parcela será menor do que a metade.
Esse é o caso também dos segurados aposentados ou com a pensão concedida a partir de fevereiro --há o direito ao 13º salário, mas o valor é proporcional ao número total de meses em que o benefício terá sido pago até o fim deste ano.
A antecipação da parcela foi confirmada na semana passada pelo presidente Jair Bolsonaro (PSL), que enviou uma medida provisória ao Congresso, na qual altera a lei que regula os benefícios pagos pela Previdência Social. As MPs começam a valer na data de publicação, portanto, a regra já está em vigor.
Tribunal de Justiça de SP lucra com atrasos no pagamento de precatórios
O Tribunal de Justiça de São Paulo lucra alguns milhões de reais todos os anos com atrasos que ocorrem no próprio tribunal para o pagamento de precatórios.
Precatório é uma ordem de pagamento que o Judiciário emite ao cobrar dívidas de municípios, estados e União após condenação definitiva. Podem ser “alimentares”, quando se referem a salários, aposentadorias, pensões e indenizações por morte e invalidez, ou de “natureza comum”, decorrentes de desapropriações de imóveis e tributos.
Historicamente, no Brasil, os governos levam anos, às vezes décadas, para depositar o pagamento de um precatório. Em São Paulo, há um problema adicional. Mesmo após disponibilizados pelos entes públicos, os recursos são retidos por meses ou mesmo anos na Justiça paulista.
O TJ entende que é necessário verificar antes de liberar o dinheiro para o credor, e encaminha os casos ao chamado Upefaz (Unidade de Processamento das Execuções contra a Fazenda Pública).
Como os processos são muito antigos, esse departamento checa se o credor está vivo, se a conta bancária para o depósito ainda é a descrita nos autos e dá oportunidade para que as partes discutam se os montantes depositados foram corrigidos corretamente.