Delação de Palocci à PF implica Ambev
Rafael Moraes Moura e Breno Pires / BRASÍLIA
08 de agosto de 2019 | 05h10
Atualizada às 12h20 de 08.08 com posicionamento da Ambev
Decisão sigilosa do ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal, diz que o ex-ministro Antonio Palocci relatou em seu acordo de delação premiada à Polícia Federal “pagamentos indevidos” da Ambev aos ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff e a ele próprio. É a primeira vez que a multinacional de bebidas aparece nas investigações da Lava Jato. O interesse da empresa, de acordo com o documento de Fachin, era impedir o aumento de imposto (PIS/Cofins) sobre bebidas alcoólicas.
No despacho, ao qual o Estado teve acesso, não há menção a data ou a valores que supostamente foram desembolsados pela empresa. Os detalhes da delação de Palocci estão em outros documentos, os anexos, que estão sob sigilo. Fachin determinou a remessa de 11 desses anexos à Justiça Federal de São Paulo. As acusações do ex-ministro, incluindo as que se referem à Ambev, estão agora sob análise da força-tarefa da Lava Jato em São Paulo.
Câmara rejeita destaques e aprova reforma da Previdência em 2º turno; texto vai ao Senado
A Câmara dos Deputados concluiu na noite desta quarta-feira (7) a votação em segundo turno da proposta de reforma da Previdência.
Durante a sessão, que se estendeu por mais de 9 horas, os deputados rejeitaram oito destaques, propostas que tinham o objetivo de retirar pontos do texto-base, aprovado na última madrugada.
Esse texto-base era igual ao aprovado em primeiro turno, ainda em julho – a redação foi mantida. A votação da reforma em dois turnos é uma exigência constitucional, uma vez que o projeto do governo é justamente uma proposta de emenda à Constituição (PEC).
Com a conclusão da votação pela Câmara, nesta quarta-feira, a reforma da Previdência será encaminhada para análise do Senado. A expectativa é que o texto já seja enviado nesta quinta-feira.
STF serve a Lula
José Nêumanne / O ESTADO DE SP
07 de agosto de 2019 | 21h40
Suspeitos, acusados, processados e réus na Lava Jato do Centrão e do PT, liberados por Rodrigo Botafogo Maia de votarem no segundo turno da reforma da Previdência, cruzaram a Praça dos Três Poderes para impedir a transferência do presidiário Lula da PF de Curitiba para a Penitenciária II de Tremembé, em São Paulo, O STF fez o que lhe foi exigido. Este foi o maior vexame institucional da História do Brasil, pois, para servir a um ladrão condenado por corrupção e lavagem de dinheiro. a cúpula do Judiciário, em conluio com o presidente da Câmara, pôs a Nação de joelhos por 10 a 1. Direto ao assunto. Inté. E só a verdade nos salvará.
Juiz marca para 22 de outubro interrogatório de Lula sobre caças suecos na Zelotes
O juiz federal da 10ª Vara Federal de Brasília, Vallisney de Oliveira, marcou para dia 22 de outubro o interrogatório do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, seu filho, Luís Cláudio, e do casal Mauro e Cristina Marcondes, na ação penal dos caças suecos, na Operação Zelotes. Após o interrogatório dos acusados, a ação entra em sua etapa final, com a apresentação das alegações finais – último ato dos acusados e do Ministério Público Federal antes da sentença.
Moro pede que PF investigue youtuber por suposta ameaça a Bolsonaro
RIO — O ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro , pediu à Polícia Federal (PF) a abertura de inquérito contra oyoutuber Vina Guerrero para apurar a suposta prática de crimes de ameaça, incitação à violência e contra a honra do presidente Jair Bolsonaro . No pedido feito nesta terça-feira, Moro pede ainda que a PF verifique a possibilidade de enquadrar as condutas de Guerrero na Lei de Segurança Nacional.
O youtuber divulgou um vídeo de seu canal no YouTuber em que afirma que “não tem mais condição de aceitar” Bolsonaro no poder e que o presidente e seus quatro filhos devem ser assassinados.
Transferência de Lula é opção certa na hora errada...
A pedido da Polícia Federal, a juíza federal Carolina Lebbos determinou a transferência de Lula da sala que ocupa na Superintendência do órgão em Curitiba para uma cela em estabelecimento prisional de São Paulo. A decisão é correta, muito correta, corretíssima. Mas foi tomada em hora imprópria.
Na prática, a petição da PF e o despacho da magistrada serviram a duas causas. Primeiro, remoçaram o lero-lero petista segundo o qual Lula é vítima de "perseguição política". Em segundo lugar, ofereceram pretexto ao pedaço do Judiciário adepto da política de celas abertas para apressar a libertação de um condenado em três instâncias por corrupção e lavagem de dinheiro.
Lula está preso há um ano e quatro meses. Autor da sentença que resultou no recolhimento do guru petista, o então juiz Sergio Moro anotou no mandado de prisão: "Em razão da dignidade do cargo ocupado, foi previamente preparada uma sala reservada, espécie de sala de Estado Maior, na própria Superintendência da Polícia Federal, para o início do cumprimento da pena, e na qual o ex-presidente ficará separado dos demais presos, sem qualquer risco para a integridade moral ou física".