‘Vaquinha virtual’
Eliane Cantanhêde, O Estado de S.Paulo
15 Maio 2018 | 05h00
Começa hoje uma etapa das eleições que envolve diretamente o eleitor, ou seja, o senhor, a senhora, você. Entra em vigor oficialmente a “vaquinha virtual”, ou “crowdfunding”, pela qual a pessoa física pode participar ativamente da campanha, não só votando, mas contribuindo financeiramente para o candidato que julgar melhor para o País.
Governo proíbe banco público de renegociar dívidas rurais de R$ 17 bi
Adriana Fernandes e Gustavo Porto, O Estado de S.Paulo
15 Maio 2018 | 04h00
Sem dinheiro em caixa, o governo determinou que os bancos públicos não renegociem dívidas de produtores rurais, beneficiados pela aprovação no Congresso de uma lei que lhes concede descontos de até 95% no saldo devedor. Esses descontos terão de ser bancados pelo Tesouro Nacional, mas não há previsão no Orçamento para isso. Segundo apurou o Estadão/Broadcast, o custo total para o Tesouro poderia chegar a R$ 17 bilhões, caso todos os produtores renegociassem as dívidas.
Órfãos de Cunha se juntam para assombrar 2018
O fantasma do centrão ocupa novamente o noticiário. Órfãos de Eduardo Cunha, os partidos que integram o grupo se reorganizam para assombrar a sucessão presidencial de 2018. A pretexto de assegurar a “governabilidade”, equipam-se para impor ao próximo presidente uma espécie de projeto centrão de poder. Baseia-se na ocupação predatória do Estado.
Empresa com um funcionário recebeu R$ 3,2 mi de concessionárias de rodovias
A empresa Astenge Assessoria Técnica e Engenharia LTDA, controlada por Júlio Cesar Astolphi, ex-assessor de Projetos da Diretoria de Engenharia do Departamento de Estradas de Rodagem de São Paulo (DER-SP), tinha apenas um funcionário registrado entre 2009 e 2010. Neste período, a Astenge recebeu R$ 3,224 milhões de duas concessionárias do Grupo Ecorodovias.
Segundo o Ministério do Trabalho, a empresa registrou um único funcionário entre os anos de 2008 e 2011 e dois em 2012. A Astenge registrou um funcionário em 2013.
+ Empresa de ex-assessor do DER-SP fez ‘estudo técnico’ sobre rodovias do Paraná, diz concessionária
Os dados foram obtidos pela reportagem junto ao Ministério do Trabalho por meio da Lei de Acesso à Informação. Os registros dos funcionários fazem parte da Relação Anual de Informações Sociais (RAIS), um levantamento que registra, em 31 de dezembro, empregados estatutários, celetistas, temporários ou avulsos do ano-base.
A Astenge foi aberta em 29 de novembro de 2000. Entre 2002 e 2007 e também entre 2014 e 2016, a empresa não registrou nenhum funcionário.
Astolphi foi assessor de DER-SP entre julho de 2007 e janeiro de 2011. A Ecovia Caminho do Mar S/A, que administra 175,1 quilômetros de estradas entre Curitiba e o litoral do Paraná, pagou R$ 1,009 milhão, em 2009, à Astenge Assessoria Técnica e Engenharia LTDA, controlada por Astolphi e sua mulher. No ano seguinte, a Ecocataratas, responsável por 387,1 quilômetros da rodovia BR-277, transferiu R$ 2,215 milhões à empresa do engenheiro, que tem sede no endereço residencial do casal.
Segundo a Ecovia, a empresa do ex-assessor do DER-SP ‘foi contratada para realização de estudos técnicos de engenharia, melhoria e otimização da infraestrutura existente na BR-277, no Paraná, com o objetivo de identificar oportunidades de integração entre a rodovia BR-277 e os portos de Paranaguá e Pontal (integração entre os modais rodoviário e portuário)’.
A Ecocataratas afirma que a Astenge foi contratada para elaborar estudo técnico sobre enquadramento territorial e socioambiental para projeto de duplicação da BR-277.
O Grupo Ecorodovias controla outras concessionárias além da Ecovia e da Ecocataratas. Duas delas atuam junto ao Programa de Concessões do Estado de São Paulo. A Ecovias administra o sistema Anchieta-Imigrantes e a Ecopistas, o corredor Ayrton Senna/Carvalho Pinto. Tanto a Ecovias quanto a Ecopistas não têm contratos com o DER-SP.
Okamotto e Gilberto Carvalho afundaram no pântano de Atibaia
Engajados em uma missão impossível ─ provar que Lula não é dono do sítio em Atibaia que é de Lula ─ Paulo Okamotto e Gilberto Carvalho aumentaram notavelmente o acervo de falsos testemunhos que infestam o processo que vai desembocar numa segunda condenação.
A dupla recitou que, como Marisa Letícia gostou da propriedade, o maridão gostou da ideia de presenteá-la com a casa no campo. Acabou desistindo por causa da distância. Quem quiser engolir a conversa fiada terá de acreditar que Lula é o mais vacilante e o mais precipitado negociante do planeta. Vacilante porque que só depois de 111 fins de semana no sítio descobriu que Atibaia ficava longe.
Precipitado porque, enquanto pensava no assunto, acertou com empreiteiros amigos a doação de uma reforma que não custou menos de 2 milhões de reais. VEJA