A hora das consequências
A manutenção da distância entre Jair Bolsonaro e Fernando Haddad, confirmada pelo Datafolha, leva à conclusão de que, com mais uma semana passada sem que o candidato do PT conseguisse se aproximar do adversário, sua vitória parece inexorável. A diferença continua sendo de cerca de 18 milhões de votos, e o tempo está se reduzindo, apenas 10 dias separam a pesquisa mais recente das urnas.
Bolsonaro, temerário, já anunciou que está com uma mão na faixa presidencial, e no seu entorno já se discutem nomes para um futuro ministério. Mas o clima de já ganhou ontem passou a assustar os próprios assessores, que decidiram adotar um tom mais cauteloso, inclusive o próprio Bolsonaro.
Análise: Líder da corrida presidencial já conduz ‘na ponta dos dedos’
PT pede ao TSE para declarar Jair Bolsonaro inelegível por oito anos
Por Filipe Matoso, G1 — Brasília
O PT pediu nesta quinta-feira (18) ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para declarar o candidato do PSL à Presidência, Jair Bolsonaro, inelegível por oito anos.
O pedido foi apresentado em razão de reportagem do jornal "Folha de S.Paulo" que relata casos de empresas apoiadoras de Bolsonaro que supostamente compraram pacotes de disparo de mensagens contra o PT por meio do WhatsApp. Bolsonaro nega irregularidades (leia mais abaixo).
Como o WhatsApp combate a desinformação no Brasil
Todos os dias, milhões de brasileiros usam o para ter conversas particulares, seja para falar com colegas sobre questões de trabalho, falar com um professor sobre as notas dos filhos, pedir uma orientação a um médico, discutir política com suas famílias ou até mesmo denunciar um crime à polícia. As pessoas valorizam a importância da privacidade, e temos trabalhado duro nisso à medida que o WhatsApp cresce.
Bolsonaro tem de aprender a ser poder - REINALDO AZEVEDO
Os auxiliares de Jair Bolsonaro estão buscando chifre em cabeça de cavalo e a quadratura do círculo. Nessa trilha, vão acabar encontrando alguma formação estranha. Não será nem chifre nem milagre geométrico, mas confusão.
O candidato do PSL está virtualmente eleito. Seus homens de confiançaainda não começaram a falar a linguagem de quem vai ser poder. Ao contrário. Eles se batem contra uma espécie de Leviatã comunista que estaria no comando, a ameaçar o Brasil, e isso lhes impõe uma retórica beligerante, reativa e agressiva. E que, levada a efeito, nos empurraria e a si mesmos para o buraco. Hora de parar.