PIB em números: gráficos mostram desempenho econômico do Brasil
Aeconomia brasileira segue em ritmo de recuperação. Segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quarta-feira, 4, o Produto Interno Bruto (PIB) cresceu 1,1% em 2019, desemprenho mais fraco que em 2017 e 2018, quando a economia expandiu 1,3%. O resultado do ano passado foi puxado, principalmente, pelo aumento nos investimentos (chamado pelo IBGE de Formação Bruta de Capital Fixo), que cresceu 2,2% e consumo das famílias (1,8%). Por setores, a maior expansão foi no setor de serviços, que expandiu 1,3%.
O Produto Interno Bruto (PIB) é o principal indicador para medir o crescimento da economia de um país. O índice soma todos os bens e serviços finais produzidos em um determinado período de tempo na moeda corrente do local. No Brasil, quem faz a medição é o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Confira, em números, como foi o desempenho da economia brasileira no primeiro trimestre de 2019 por setor produtivo, demanda, e sua evolução ao longo dos anos. VEJA
PIB: Setor privado puxa crescimento da economia brasileira em 2019
Ainda que lentamente, a economia brasileira continuou crescendo no quarto trimestre de 2019. Segundo divulgação feita há pouco pelo IBGE, a expansão do período, em termos dessazonalizados, foi de 0,5%, relativamente ao trimestre anterior. Isso garantiu expansão anual de 1,1% no PIB. Mais uma vez, o desempenho apoiou-se nos gastos do setor privado em consumo e investimento, ainda que este tenha caído no quarto trimestre.
O consumo das famílias cresceu 0,5% no quarto trimestre, em termos dessazonalizados. No comparativo com o mesmo trimestre de 2018, a expansão alcançou 2,1%. No caso dos investimentos, o quarto trimestre apontou redução de 3,3% sobre o terceiro, o que se explica pelo cômputo, no terceiro trimestre, da importação fictícia de plataformas de petróleo. Elas foram fabricadas no Brasil, mas, para permitir o aproveitamento dos benefícios do Repetro, sofreram uma mutação formal e foram computadas, naquele trimestre, como importadas do exterior. No acumulado de 2019, a formação bruta de capital cresceu 2,2%, um indicador de retomada dos investimentos na economia.
Pelo lado da oferta, o destaque coube, mais uma vez, aos serviços, que cresceram 0,6% no quarto trimestre, dados dessazonalizados. No ano de 2019, os serviços aumentaram 1,3%, acima, pois, da expansão do PIB. A indústria continuou decepcionando: expandiu-se 1,5% no quarto trimestre, comparativamente ao quarto trimestre de 2018, mas no exercício de 2019, o PIB do setor cresceu apenas 0,5%.
O PIB da agropecuária caiu 0,4% no quarto trimestre dessazonalizado – devido basicamente a fatores sazonais –, mas cresceu 0,4% sobre o mesmo período de 2018. Seu PIB expandiu-se 1,3% em 2019, mais uma vez acima do desempenho total da economia. O setor externo deu contribuição negativa em 2019. As exportações caíram 2,5%, enquanto as importações aumentaram 1,1% no exercício. O setor público continua em processo de ajuste e por isso impactou negativamente o PIB em 0,4%.
Os dados decepcionantes da indústria, influenciados pelo desempenho sofrível da indústria de transformação, indica que existe algo de errado no setor. A forte depreciação cambial dos últimos meses teria acarretado, em tese, ganhos de competitividade, mas isso não se traduziu em reação sensível nas suas exportações.
É verdade que as vendas externas de veículos e bens de capital sofreram o impacto da crise da Argentina, mas parece existir algo mais para justificar sua quase estagnação. O candidato mais viável para explicar a situação da indústria pode ser a baixa produtividade do setor, em grande parte devido à sua desatualização tecnológica.
As reformas em curso, se aprovadas, poderão contribuir decisivamente para um melhor desempenho da indústria nos próximos anos, particularmente a reforma tributária – que livrará o país do caos da tributação do consumo, em especial o do ICMS – e os investimentos em infraestrutura de transportes, que influenciarão positivamente a operação da logística. Torçamos.VEJA
Itamaraty remove diplomatas e começa a fechar postos na Venezuela
O governo brasileiro coloca em prática o desmonte da rede consular na Venezuela, num gesto de distanciamento da gestão de Nicolás Maduro. Como revelado por Radar, o Itamaraty irá reduzir quase a zero os cinco postos diplomáticos no país vizinho.
O ministro Ernesto Araújo publicou nesta quinta três portarias removendo três diplomatas da Venezuela e os retornando para o Brasil: a ministra de primeira classe Elza Marcelino de Castro, do consulado-geral em Caracas; o conselheiro Francisco Chaves do Nascimento Filho, do consulado brasileiro em Ciudad Guayana; e o conselheiro Carlos Leopoldo Gonçalves de Oliveira, da embaixada em Caracas.
Todos os três serão alocados na Secretaria de Estado, que fica em Brasília.
O Itamaraty avalia contratar uma empresa de segurança para cuidados com a embaixada em Caracas.
Sem a obrigação da reciprocidade, diplomatas venezuelanos lotados no Brasil podem ser obrigados a deixar o país. Ou até mesmo adotarem medidas semelhantes e fechar aqui a representação venezuelana. veja
Operadores do Direito terão de aprender a lidar com provas "deepfakes"
Depois de a Justiça enfrentar a disseminação de notícias fraudulentas (fake news) que, entre outras coisas, rendeu ao TSE um “Prêmio Innovare” por seu “Projeto de Enfrentamento à Desinformação”, os operadores do Direito terão de aprender a lidar com um problema mais complexo, por seu componente tecnológico: as provas oriundas de “deepfakes”.
Para simplificar, “deepfake” se refere a vídeos fraudulentos – e também a áudios fraudulentos. “Deepfake” é uma fusão das palavras “deep learning” (aprendizagem profunda) e “fake” (fraudulento ou falsificado).
A parte da aprendizagem profunda entra na história porque os falsificadores usam essa tecnologia, facilitada pela inteligência artificial, para trocar, por exemplo, o rosto de uma pessoa, na gravação original, pelo rosto de outra pessoa que querem prejudicar. Ou a voz de uma pessoa pela de outra.
Exemplos mais frequentes nos Estados Unidos foram citados na conferência “ABA Techshow” da American Bar Association (ABA). O mais comum é o da substituição do rosto de uma atriz pornô, em um vídeo pornográfico, pelo rosto de uma ex-namorada ou ex-mulher. Quase todos os casos se encaixam na definição de pornografia de vingança.
Outro exemplo é o da troca do rosto e da voz de políticos para prejudicá-los em campanhas eleitorais ou por qualquer outro motivo. Celebridades e empresários também são vítimas costumeiras. Mas, enfim, qualquer pessoa pode ser vítima de vídeos e áudios fraudulentos.
A produção de “deepfakes” não é novidade, porque eles já estão na praça há algum tempo. Mas, o que preocupa no momento, é que os operadores de Direito não estão preparados para distinguir o que é verdadeiro do que é fraudulento — e provar. Afinal, a manipulação das provas é muito bem feita, graças à inteligência artificial.
Uma conclusão dos participantes da conferência, intitulada “Pílula vermelha vs. pílula azul: como deepfakes estão definindo a realidade digital”, foi a de que a justiça tem “um problema enorme” pela frente.
A palestrante Sharon Nelson, da empresa de tecnologia Sensei Enterprises, disse que a maioria dos vídeos fraudulentos afetam as mulheres. Elas são vítimas de 96% dos casos, segundo um relatório da empresa Deeptrace, que está desenvolvendo ferramentais para desmascarar conteúdo fraudulento. A Universidade da Califórnia em Berkeley e a Google também estão desenvolvendo ferramentas semelhantes.
Os estados de Virgínia e Califórnia já aprovaram leis contra “deepfakes”, ela disse. “Mas é preciso fazer muito mais para impedir que as imagens das pessoas sejam usadas sem consentimento”, afirmou.
A palestrante citou dois casos em que “deepfakes” foram usados com sucesso. No Reino Unido, um executivo enviou 220 mil euros a alguém que ele pensou ser o dirigente da empresa controladora. Os fraudadores usaram um áudio fraudulento para enganá-lo.
Nos EUA, um áudio fraudulento foi usado em corte, em uma disputa por guarda dos filhos. No áudio, o pai fazia ameaças à mãe. Ela havia manipulado o áudio, usando um aplicativo barato. Isso mostrou que não é preciso ser um nerd da informática para manipular áudios.
João Ozorio de Melo é correspondente da revista Consultor Jurídico nos Estados Unidos.
Revista Consultor Jurídico, 5 de março de 2020, 7h47
Relator diz que projetos deficientes são a principal causa de paralisação de obras no País Fonte: Agência Câmara de Notícias
Um acórdão do Tribunal de Contas de União (TCU) mostra que há 14 mil obras paradas em todo o País. Mas o cálculo inclui apenas empreendimentos com recursos federais, ficam de fora as obras feitas com dinheiro de estados e municípios.
De acordo Silva, só 13,9 % das obras com participação da Caixa Econômica Federal, por exemplo, estão no ritmo normal. Neste caso, a burocracia também não ajuda: entre a assinatura do contrato até a prestação de contas são, em média, 1.695 dias.
Maus exemplos
O parlamentar cita também a obra não concluída da Arena Pantanal, o estádio construído em Cuiabá, no Mato Grosso, para a Copa de 2014. Pelas contas de Silva, com os recursos gastos até agora (R$ 25 bilhões), seria possível comprar 7 mil tratores, construir 14 mil casas populares e levar água para 1 milhão e 400 mil famílias.
O relator ressalta que há maus exemplos em diversas áreas. “No Departamento Penitenciário nós temos 33% das obras paralisadas. Na educação, creche, 41% das obras estão inacabadas. No esporte, 33%. O mais triste é no saneamento: se você pegar obras paralisadas, obras não entregues, já chega a 69%”, contabiliza.
Além dos projetos deficientes, da falta de controle e da burocracia, Zé Silva lista outra causa de interrupção das obras: a demora na concessão do licenciamento ambiental.
Otimismo
Apesar desse diagnóstico, o parlamentar se mostra otimista, por conta de iniciativas do Tribunal de Contas da União, do Conselho Nacional de Justiça e da Caixa Econômica Federal para diminuir a burocracia e retomar parte das obras.
Ele também identifica um movimento nacional para que o recurso público seja mais bem utilizado.
A comissão externa foi criada em junho de 2019 e é coordenada pela deputada Flávia Morais (PDT-GO).
Reportagem - Cláudio Ferreira
Edição – Natalia Doederlein
Fonte: Agência Câmara de Notícias
Heitor Férrer informa sobre progressão de salários médicos
Deputado Heitor FérrerFoto: Edson Júnior Pio
De acordo com o parlamentar, a implementação da progressão não acontecia desde 2010, infringindo a lei. “Ontem, o secretário Dr. Cabeto anunciou que a matéria viria para a Assembleia, contemplando não só a categoria dos médicos, mas as demais da pasta de saúde. Ficamos muito satisfeitos com essa notícia e acompanharemos a tramitação”, declarou.
LA/AT