O MPF acusa o gestor de suposto crime contra o Sistema Financeiro Nacional, pois teria participado de fraude em financiamento de R$ 1,3 milhão, aprovado pelo Banco do Nordeste, para a construção de galpões em Sobral. Segundo o MPF, o pedido de Cid foi concedido com base em uma previsão de faturamento impraticável.

O parlamentar afirmou que “empréstimos sem as devidas garantias” só ocorrem porque as pessoas que gerenciam esses bancos ocupam tais cargos por indicação política.

“O gerente de um banco desses não vai resistir às pressões de um grupo político, ainda mais quando o governador do Estado, como foi o caso, faz parte desse grupo”, analisou. Para Heitor Férrer, nenhum outro cidadão conseguiria um empréstimo desse valor com tamanha facilidade e sem oferecer lastro.

Em aparte, o líder do Governo na AL, deputado Evandro Leitão (PDT), informou que Cid Gomes ainda apresentará defesa. O parlamentar lembrou ainda que o ex-governador ainda não foi julgado pelo caso e, por isso, não pode já ser considerado culpado.

Ele comentou ainda que qualquer parlamentar poderia conseguir um empréstimo desse valor. “Ora, não dá pra comparar os vencimentos de um governador, algo em torno dos R$ 18 mil, com qualquer outro vencimento. Ele não poder fazer um empréstimo de R$ 1 milhão é demais”, criticou.

PE/GS