Hugo lamenta resultado do Brasil no Programa de Avaliação dos Estudantes
Dep. Fernando Hugo (PP)Foto: Máximo Moura
Segundo Fernando Hugo, antigamente, a preocupação no Brasil era a falta de estrutura nas instituições de ensino, e a situação foi melhorando com os governos de Tasso Jereissati, Ciro Gomes, Lúcio Alcântara e Cid Gomes. Na opinião dele, parte do problema está na capacitação dos professores.
“É de dar vergonha olhar as notas e comparar-nos com países de quarto mundo. Esse resultado que nossa educação expressa ao mundo nos faz questionar como será o amanhã desses jovens. E, embora os professores não admitam, precisam sim estar sempre se capacitando e se reciclando”, sugeriu o parlamentar.
O progressista ponderou que não se pode culpar somente os professores pela qualidade do aprendizado, mas que são notórios os resultados de alguns municípios cearenses que fizeram da educação a sua principal bandeira, investindo na capacitação e qualidade do ensino.
“A educação no Brasil começou sua transformação com o Fundef, depois Fundeb e o Plano de Alfabetização na Idade Certa (Paic). Conseguimos colocar os alunos dentro da sala de aula, mas não aprimoramos esse ensino e nem capacitamos os nossos mestres da forma que deveríamos. Existem professores que não sabem sequer ligar um computador”, avaliou o deputado.
Em aparte, o deputado Leonardo Pinheiro (PP) observou que esses resultados refletem o baixo desenvolvimento do País no futuro. “Apesar de termos cumprido a nossa meta de universalização do ensino, sua qualidade ainda é deplorável. E, quando falamos em avaliar o rendimento dos professores, eles não aceitam”, lamentou.
O deputado Carlos Felipe (PCdoB) concordou com Fernando Hugo e disse que é necessário o enfrentamento da situação, estimulando a capacitação dos professores. Para o deputado Heitor Férrer (PSB), a educação deveria ser de responsabilidade da União e entregue aos prefeitos, mas com cobranças anuais de metas.
Já o deputado Carlos Matos (PSDB) lembrou que hoje quase 100% das crianças do Brasil estão em sala de aula. O desafio agora é a qualidade do ensino, que ainda é baixa.
LA/AT / agência de noticias da al/ adriano muniz