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Deputados questionam soluções para crise hídrica no Estado

Visita do secretário estadual de Recursos Hídricos, Francisco Teixeira, à Assembleia LegislativaVisita do secretário estadual de Recursos Hídricos, Francisco Teixeira, à Assembleia LegislativaFoto: Edson Junior Pio

 
Os deputados aproveitaram a visita do secretário estadual de Recursos Hídricos, Francisco Teixeira, à Assembleia Legislativa, nesta quarta-feira (22/06), para cobrar soluções para a crise hídrica no Ceará. Também participaram do debate os dirigentes da Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos  (Funceme) e da Companhia de Água e Esgoto do Ceará (Cagece).

O líder do governo, deputado Evandro Leitão (PDT), ressaltou que a população do Estado vive o quinto ano seguido de seca, a pior estiagem dos últimos 50 anos, e pediu que os convidados esclarecessem se haverá de fato racionamento e a partir de quando isso deve acontecer.  O parlamentar explicou também que os reservatórios do Ceará registram atualmente menos de 10% de sua capacidade e pediu informações sobre a quantidade de adutoras instaladas desde janeiro de 2015 e qual foi o investimento.

O deputado Antônio Granja (PDT) questionou por que o Estado prioriza o uso da água do açude Castanhão, que está com 8,68% de capacidade, e não usa a água do açude Orós, que está com 33,84% de capacidade. “Não é justo a população do entorno do Castanhão ser sacrificada. A população de municípios do entorno, como Jaguaretama, Nova Jaguaribara e Alto Santo, vive da piscicultura", defendeu.

A deputada Rachel Marques (PT) comentou a situação do açude Pedra Branca, que abastece Quixadá e, segundo ela,  está com 14% da capacidade, mas passou a abastecer também o município de Quixeramobim. De acordo com a parlamentar, é preciso fazer a elaboração de projeto de interligação de bacias do Estado. Ela solicitou a ainda perfuração de poços na zona rural de Quixadá.

Odilon Aguiar (PMB) cobrou solução para localidades que não têm como retirar água dos poços por falta de ligação de energia e questionou por que o Estado não segue o exemplo de países que fazem dessalinização de água. O parlamentar alertou ainda para o fato de que há desperdício de cerca de 30% de água durante a distribuição.

Roberto Mesquita (PSD) explicou que o Vale do Curu perdeu 4 mil postos de trabalho e que é preciso se antecipar aos problemas, citando o caso do Canal do Trabalhador, que ficou pronto em tempo recorde, numa "missão de guerra".

O deputado Tomaz Holanda (PMDB) comentou sobre o leilão reverso realizado pela AL em 2015, para a construção de 1.200 poços, sendo que 700 foram instalados. Segundo ele, os poços têm sido priorizados em zonas urbanas, enquanto as  áreas rurais estão passando por muitas dificuldades.

Já Manoel Duca (PDT) falou sobre a situação do perímetro irrigado do Baixo Acaraú. Segundo ele, o açude Araras está com apenas 5% da capacidade, e os trabalhadores rurais começam a ir embora da região. Ele alertou que é preciso fazer a recuperação dos canais dos perímetros irrigados de todo o Estado, pois parte dos equipamentos está deteriorada, causando desperdício de água.  

JM/JU

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