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Augusta Brito lamenta aumento de violência contra mulheres

Deputada Augusta BritoDeputada Augusta BritoFoto: Edson Júnio Pio

A deputada Augusta Brito (PCdoB) lamentou, durante o primeiro expediente da sessão plenária desta quinta-feira (10/06), o aumento da violência contra mulheres durante o ano de 2020. Ela utilizou dados divulgados pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública, que apontam esse crescimento em relação ao ano de 2019. “A cada quatro mulheres, uma foi vítima de algum tipo de violência, seja física, psicológica, moral e até patrimonial em 2020”, pontuou.

A parlamentar observou que, conforme outra pesquisa, desta vez do Instituto Datafolha, 73% da população acredita que a violência contra mulheres aumentou durante a pandemia de Covid-19 e, destes, 51% já presenciou algum tipo de violência contra a mulher. Ainda conforme o estudo, a maioria das mulheres vítimas de violência são negras, e o total se concentra na faixa etária entre 16 e 46 anos. “É muito triste vir aqui trazer esses números e perceber que com todos os avanços que conquistamos esses números ainda crescem”, disse.

Augusta Brito ressaltou a importância da Casa da Mulher Brasileira no sentido de receber essas denúncias e garantir a justiça para essas mulheres. Ressaltou também a condição das mulheres negras, “que são as maiores vítimas da violência não apenas doméstica, mas também da urbana e institucional”.

As discussões sobre “pobreza menstrual”, e projetos de sua autoria sobre o tema que tramitam na Casa também foram destacados. Segundo a deputada, a menstruação é algo natural que indica a saúde dos ciclos femininos, “um assunto que deve parar de ser tratado como tabu”. Ela informou ainda que a discussão vai além da falta de recursos para comprar absorventes por aqueles que não tem condições, mas passa pela saúde física e psicológica de todas as meninas e mulheres.

Augusta destacou três projetos, de autoria dela, sobre o tema. O de indicação, 58/21, já aprovado pela Casa, sugere a distribuição de absorventes íntimos em postos de saúde e escolas públicas de ensino médio. Outro de lei, em tramitação, que institui a Semana Estadual da Pobreza Menstrual, que dedica uma semana para discussão e conscientização sobre o tema nas escolas estaduais; e o 268/21, lido no expediente desta quinta-feira (10/06), que inclui absorventes íntimos nas cestas básicas.

A deputada Erika Amorim (PSD), em aparte, reforçou que ainda há muita luta para as mulheres, principalmente no que diz respeito à conscientização dos homens. “Deve haver uma reeducação para que eles passem a se relacionar com as mulheres como verdadeiros parceiros, e não como donos”.

O deputado Moisés Braz (PT) também reforçou a importância das políticas públicas encabeçadas pelas deputadas da Casa, e assim como sua repercussão na vida das mulheres. Da mesma forma, o deputado Tony Brito (Pros) salientou que há casos de assédio contra mulheres de todas as formas, sendo o moral algo muito comum nas instituições. “Pode contar com nosso mandato para agir de forma a reduzir esses abusos”, disse.
PE/AT

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