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Lira cede, chega a acordo com oposição e coloca PT e PSB na mesa de comando da Câmara

BRASÍLIA

Menos de 24 horas depois de rebaixar o PT e retirar outros adversários da mesa de comando da Câmara, o novo presidente da Casa, deputado Arthur Lira (PP-AL), recuou e cedeu cargos à oposição para evitar o bloqueio de pautas.

A decisão, antecipada pela Folha, foi tomada após reunião no colégio de líderes realizada no final da tarde desta terça-feira (2).

O acordo fechado mantém o PL na 1ª vice-presidência, com o deputado Marcelo Ramos (AM). A 2ª vice-presidência continua com o PSD, ocupada pelo deputado André de Paula (PE).

As mudanças ocorreram nas secretarias. A cúpula da Câmara é formada pela presidência, 1ª e 2ª vice-presidências, 1ª, 2ª, 3ª e 4ª secretarias. Esses cargos são distribuídos proporcionalmente ao tamanho dos blocos formados para a disputa da presidência.

Pelo acordo, a primeira secretaria ficaria com o PSL e seria ocupada pelo presidente nacional do partido, Luciano Bivar (PE) —aliado de Maia e desafeto do presidente Jair Bolsonaro (ex-PSL, hoje sem partido)

 

Já a segunda secretaria ficaria com o PT, que integrou o bloco de Baleia Rossi (MDB-SP) na disputa pelo comando da Câmara e, na divisão anterior, ficaria com a 1ª secretaria.

O nome mais forte para ocupar o posto é o de Marília Arraes (PT-PE), mas a deputada é considerada muito alinhada a Lira, então o partido ainda não bateu o martelo sobre o nome.

A 3ª secretaria seria de Marcelo Nilo (PSB-BA). O partido também fazia parte do bloco de Baleia e disputava a vaga com o PSDB, que queria a titularidade. No entanto, o líder do grupo, Isnaldo Bulhões (AL), indicou o PSB para ocupar a vaga.

A quarta secretaria ficou com o Republicanos.

Mais cedo, o PDT entrou com ação junto ao STF (Supremo Tribunal Federal) contra o ato de Lira que retirou seus adversários dos cargos de comando da Casa.

Os pedetistas faziam parte do bloco de apoio a Baleia, candidato derrotado na disputa, com 145 votos. Lira obteve 302.

Diante da decisão de Lira de reverter a última medida de Maia, o partido entrou com mandado de segurança com pedido de medida liminar de urgência contra o primeiro ato do novo presidente da Casa.

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