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Sessão do Senado é marcada por bate-boca e gritos entre petistas e tucanos Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/brasil/sessao-do-senado-marcada-por-bate-boca-gritos-entre-petistas-tucanos-18898824#ixzz43C7A4t65 © 1996 - 2016. Todos di

SENADO

 

BRASÍLIA - Os senadores do PT e PSDB partiram para discursos inflamados, gritos fora dos microfones, bate-bocas, xingamentos e até ameaças de confronto físico. O presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves (MG), disse que hoje "não é um dia comum" na vida do país e pediu um debate com responsabilidade. A declaração irritou o líder do PT no Senado, Paulo Rocha (PA), afirmando que ela agora pedia calma depois de "acirrar os ânimos". O petista se virou para Aécio e falou de dedo em riste, enquanto o tucano o ficava de braços cruzados.

A confusão começou durante um discurso do senador Zezé Perrella )(PDT-MG), que comemorava que teriam retirado as acusações contra ele numa investigação da Polícia Federal. O líder Paulo Rocha, então, pediu um aparte e defendeu Lula.

— O Lula não é bandido, não é um salafrário! — disse Paulo Rocha, enfático.

Em seguida, Paulo Rocha se virou de costas e, olhando para Aécio, disse que agora a oposição pedia clama, depois de inflamar a população contra o governo.

— O senador Aécio vem pedir para acalmar, fazer o debate, depois de acirrar? Há as denúncias contra o PT, mas, quando as denúncias são contra o Aécio, aí é mentira! — disse o petista, em tom de ironia.

Aécio pediu direito de resposta.

— Nos acusa de ter acirrado os ânimos do país? Teremos nós essa força, ou são essas denúncias sucessivas que não cessam, ou são as medidas equivocadas e atrapalhas que levam à recessão. Em relação aquilo que é dito, a nossa postura é muito diferente, não atacamos as instituições, não demonizamos a imprensa, não consideramos isso um ataque à democracia — rebateu Aécio.

Poucos antes, Aécio pedira que oposição e governo passassem o dia debatendo a crise política.

— Esse não é um dia comum. Estamos assistindo às ruas do Brasil. Hoje não é um dia comum e não podemos perder a percepção disso. Vamos fazer um debate de alto nível, iniciarmos uma nova página do país. Um debate contundente, mas num nível que os membros do Congresso saberão manter — disse Aécio, acrescentando:

— Se não compreenderem (os petistas) o que está acontecendo na alma dos brasileiros, certamente não terão como encontrar caminhos. Jamais teve desse parlamentar uma citação que não fosse digna .

CONFRONTO

Mas o maior confronto foi entre o senador Ataídes Oliveira (PSDB-TO) e o senador Lindbergh Farias (PT-RJ). O tucano reclamou que Paulo Rocha, que falava num aparte durante discurso do senador Zezé Perella (PDT-MG), estava discursos de costas para a Mesa, presidida pelo senador Jorge Viana (PT-AC).

— O senador está discursando de costas para a Mesa! — disse Ataídes.

— Fica na sua — interveio Lindbergh Farias.

— Moleque! Moleque! Vamos resolver lá fora? — gritava Ataídes, cujos gritos eram ouvidos do lado de fora do plenário, enquanto o líder do governo no Senado, Humberto Costa (PE), dava entrevista.

 

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