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Oposição se une a grupos anti-Dilma em manifestações marcadas para o dia 13

PROTESTO

Os partidos de oposição decidiram jogar uma última cartada para tentar retirar do freezer o pedido de afastamento de Dilma Rousseff. Reunidos num comitê batizado de ‘Impeachment Já’, representantes de legendas oposicionistas e de movimentos sociais anti-Dilma organizam juntos os protestos de rua marcados para 13 de março, um domingo. Acertou-se que os políticos descerão ao asfalto em número expressivo, sobretudo nos protestos de São Paulo e Brasília.

Participam do movimento PSDB, DEM, PPS e Solidariedade. O senador tucano Aécio Neves, derrotado por Dilma na disputa presidencial de 2014, participou de uma das reuniões. Designado pelos partidos para coordenar o comitê que organiza os protestos, o deputado Mendonça Filho (DEM-PE) disse que a união com os movimentos de rua nasceu da evidência de que um grupo depende do outro para obter o que deseja.

Mendonça declarou: “Nós, políticos, sabemos que o impeachment não acontecerá sem o povo na rua. E o povo tem que ter a consciência de que o impeachment não passará sem uma maioria expressiva, capaz de viabilizá-lo no Legislativo. Há uma necessidade de cumplicidade. O trabalho tem que ser integrado. É isso o que nós estamos buscando.”

É a primeira vez que partidos se achegam ao meio-fio de forma organizada desde que o asfalto rosnou para a política na célebre jornada de junho de 2013. Antes de se concentrar em Dilma e no PT, os protestos eram difusos. Alvejavam todas as legendas indiscriminadamente. Os políticos que se aventuram a passar pelo teste do asfalto o fizeram em caráter pessoal.

“Decidimos levar às manifestações um grupo que tenha representatividade na oposição”, afirma Mendonça Filho. Não receia que os políticos sejam hostilizados?, quis saber o repórter. E Mendonça: “Eu compareci aos três últimos protestos —um em São Paulo e dois em Recife. Fui muito bem recebido em todos eles. Cada liderança avaliará onde prefere participar. Daremos atenção especial a São Paulo e Brasília.”

Que resultados espera obter? “É simples: para ter votos favoráveis ao impeachment na Câmara, tem que ter pressão popular. E essa pressão só existirá se as ruas se manifestarem. É preciso que o povo vá às ruas. Essa é a nossa cartada.” JOSIAS DE SOUZA

 

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