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Parlamentares defendem Sistema S, mas pedem mais transparência e diálogo com governo

Audiência pública na Comissão de Desenvolvimento Econômico, Indústria, Comércio e Serviços da Câmara debateu a relevância do Sistema "S". Assim é chamado o conjunto de nove instituições ligadas aos setores de Agricultura, Comércio, Cooperativismo, Indústria e Transporte. O Sistema "S" promove cursos de formação técnica e profissionalizante e oferece serviços de saúde, cultura, esporte e lazer ao trabalhador e sua família. Além disso, apoia pequenos empreendedores de todo o país auxiliando a criação de novos negócios. Essas entidades são mantidas por recursos da folha de pagamento das empresas. Recentemente, o ministro da economia anunciou a possibilidade de cortes nesse repasse. Mas o vice-presidente da CNC, Francisco Valdeci de Souza Cavalcante, disse que o diálogo com o governo aponta para parcerias.

"Já não estamos mais falando em cortes, estamos falando em parcerias, em como levarmos os recursos do sistema s para atender algumas propostas governamentais. Este é o caminho que nós estamos desenhando e com certeza é isso que vai acontecer. Hoje mesmo nós ouvimos nesta casa os deputados dizendo que a proposta de corte não é do governo. Quem pode falar sobre cortes é o presidente da República e o vice-presidente da República que foram eleitos. Os demais técnicos, eles têm propostas, propostas filosóficas, mas propostas de cortar só se vier do presidente Jair Bolsonaro e nós não acreditamos que isso aconteça porque nós sabemos que ele vem do povo e quem é do povo conhece o trabalho do Sistema 'S'."

O deputado Joaquim Passarinho, do PSD do Pará, quer transparência no Sistema "S". Ele reforça a necessidade de as instituições contribuírem com a economia do país cortando gastos.

"Em todos os setores nós precisamos aperfeiçoar, qualificar o nosso serviço, otimizar custos, porque se há um aperto geral, se nós estamos pedindo inclusive que aposentados paguem o preço, por que que o Sistema 'S' também não pode fazer sua cota de colaboração com o Brasil fazendo seus ajustes, fazendo suas otimizações de gastos, para que a gente possa fazer o mesmo serviço com mais eficiência e menos recursos?"

O superintendente do Sesi, Rafael Lucchesi, disse que o Sistema "S" está sob constante fiscalização do TCU e passa por auditorias internas. Ele afirma que as instituições buscam o entendimento com o governo.

"Há uma crise fiscal muito grande nesse país, uma crise econômica... A desoneração da folha é um objetivo da sociedade brasileira e é claro que nós vamos estar nessa construção. Mas certamente o impacto da ação social, os benefícios da ação social que o Sistema 'S' tem pode ser um ponderador nessa agenda. Seguramente, o que a sociedade precisa e quer é cada vez mais eficiência na geração de serviços sociais, na geração de empregabilidade, de desenvolvimento tecnológico. Nós temos um acervo de competências que está a serviço da sociedade, a serviço da agenda de políticas públicas."

O deputado Glaustin Fokus, do PSC de Goiás, defende a importância do Sistema "S" para o trabalhador e pede que os cortes sejam feitos com cautela.

"Eu sou fruto desse Sistema 'S' eu estudei no SESI, eu fiz curso no SENAC na minha região e no meu estado. Então quando circula aqui nos bastidores vir um corte de 30%, eu acho que realmente o país, ele passa por uma demanda de redução de gastos. Assim como nossas famílias, nossos negócios. O país também, a União pode pensar em uma redução. Só acho que não pode ser oito ou oitenta. Se tem algo de irregular em alguma dessas instituições, que vá lá e conserte, regularize. Vamos realmente fazer conta de tudo isso, o impacto que geraria um corte desse tamanho. Porque se você for olhar, o Sistema 'S' para a população ele tem uma importância. A qualificação dele é considerada de bom para ótimo. Então eu entendo que está no caminho correto. Agora, tudo pode ser melhorado, tudo pode ser melhor gerido."

Reportagem - Marcya Reis

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