Cobiçada entre os partidos, a CCJ é considerada a comissão mais importante, por ser responsável pela análise dos principais projetos. É o caso de propostas de emenda à Constituição (PECs), como a reforma da Previdência, e projetos que fazem, por exemplo, alterações na legislação penal.

De acordo com Alcolumbre, há um acordo entre MDB e PSDB sobre o comando da comissão. Líderes partidários vão se reunir na próxima terça-feira (12) para consolidar a divisão das comissões temáticas do Senado.

“Está bem encaminhada [a definição das comissões]. A CCJ vai ficar com o MDB, que foi uma articulação entre PSDB e MDB, numa costura que o MDB está consolidando, pelo que o senador Eduardo Braga (MDB-AM), líder do partido, disse, na reunião da bancada”, afirmou Alcolumbre.

O líder do PSDB, Roberto Rocha (PSDB-MA), afirmou que existe um acordo em torno do nome da senadora Simone Tebet (MDB-MS). Dentro do MDB, Simone e Renan Calheiros (MDB-AL) estão em alas distintas.

Os senadores tucanos afirmam que vão disputar, no voto, o comando da CCJ, caso o MDB indique um aliado de Renan.

Próximo do senador alagoano, Eduardo Braga tem evitado falar, publicamente, sobre o emedebista que a bancada vai indicar para presidir a CCJ.

Ele acrescenta que não há “restrição” a nenhum nome e que o MDB reivindica a presidência da CCJ pelo tamanho da bancada, a maior do Senado, com 13 senadores.

De acordo com o colunista do G1 Gerson Camarotti, o MDB deve indicar Simone Tebet para a presidência da CCJ.

Davi Alcolumbre também afirmou nesta quarta que a Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), o segundo colegiado mais importante, ficará com o PSD. O senador Omar Aziz (PSD-AM) deve ser o indicado para presidir a comissão.

Cabe à CAE, entre outras atribuições, analisar concessões de empréstimos, dar parecer sobre projetos na área econômica e sabatinar indicados para a presidência do Banco Central.

Alcolumbre declarou ainda que a indicação para a presidência da Comissão Mista de Orçamento (CMO) também caberá ao MDB.