Suposta envolvida em compra de votos em eleição no AM é detida
A empresária Nair Queiroz Blair foi detida no Aeroporto Internacional Eduardo Gomes, localizado na Zona Oeste de Manaus, no sábado (2). A informação foi confirmada neste domingo (2), por um servidor que trabalha no posto da Polícia Federal (PF) no aeroporto. Nair é suspeita de crime eleitoral na campanha à reeleição do governador do Amazonas, José Melo (Pros). Um suposto esquema de compra de votos foi denunciado em reportagem do programa Fantástico, em março de 2015.
Segundo informações de um agente que atua no posto da Polícia Federal (PF) no aeroporto, a abordagem ocorreu na tarde de sábado. Ela teria desembarcado de um voo internacional antes de ser detida. Ele disse ainda que Nair foi encaminhada para a Superintendência da PF. Outros detalhes não foram informados. O G1 tentou contato com a superintendência, equipe de plantão e assessoria de imprensa da PF no Amazonas, mas não teve as ligações atendidas na manhã deste domingo (3).
A defesa informou que deverá entrar com pedido para conseguir a liberdade da suspeita."Ele [advogado Aniello Aufiero] está indo agora [tarde deste domingo] na Polícia Federal para falar com a cliente. Ainda não temos uma resposta, mas vamos tomar as providências judiciais cabíveis. Estamos providenciando a revogação da prisão dela", afirmou a advogada Denise Aufiero, que compõe a equipe de defesa.
Suposto esquema De acordo com a Polícia Federal, Nair é apontada como integrante de um suposto esquema nas Eleições de 2014.
As investigações iniciaram após denúncia anônima sobre compra de votos. Segundo o denunciante, a atividade seria realizada no prédio onde funcionava o comitê da campanha do governador José Melo. Dois dias antes do segundo turno da eleição, dois agentes da Polícia Federal se infiltraram em uma reunião com pastores de igrejas onde supostamente aconteceria distribuição do dinheiro. No local, a polícia diz ter encontrado R$ 7,7 mil em uma bolsa. À época, Nair foi presa e levada para sede da PF em Manaus para prestar depoimento. A ação foi denunciada em uma reportagem no programa Fantástico. (*Colaborou Jamile Alves, do G1 AM)