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PF cumpre mandados da 33ª fase da Lava Jato e mira a Queiroz Galvão

 

OPERAÇÃO LAVA JATO
PF investiga esquema de corrupção

 

Policiais federais estão nas ruas desde a madrugada desta terça-feira (2) para cumprir mandados referentes à 33ª fase da Operação Lava Jato em São Paulo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Goiás, Pernambuco e Minas Gerais. A ação foi batizada de "Resta Um" e mira a construtora Queiroz Galvão. Ao todo, foram expedidos  32 mandados judiciais, sendo dois de prisão temporária, 1 de prisão preventiva, seis de condução coercitiva, que é quando a pessoa é levada para prestar depoimento, e 23 de busca e apreensão.

Às 7h32, quatro equipes da PF estavam no estaleiro da Queiroz Galvão no Rio Grande do Sul.

Segundo o Ministério Público Federal (MPF), a construtora formou, com outras empresas, o chamado cartel de empreiteiras, investigado por fraudar licitações da Petrobras. O cartel maximizou os lucros das empresas privadas e gerou prejuízos bilionários para a estatal.

As investigações apontam que executivos da Queiroz Galvão pagaram valores indevidos em favor de funcionários das diretorias de Serviços e de Abastecimento da Petrobras com valores de propina em torno de R$ 10 mi.

As obras investigadas na atual fase englobam contratos em complexos petroquímicos no Rio de Janeiro, na Refinaria Abreu e Lima, Refinaria Vale do Paraíba, Refinaria Landulpho Alves e Refinaria Duque de Caxias.

Existem fortes indícios de que milhões de dólares em propinas foram transferidos em operações feitas por meio de contas secretas no exterior, conforme o MPF. Os pagamentos teriam sido feitos tanto pela Queiroz Galvão quanto pelo consórcio Quip.

"A hipótese tem por base depoimentos de colaboradores e comprovantes de repasses milionários feitos pelo trust Quadris, vinculado ao Quip, para diversas contas, favorecendo funcionários da Petrobras", segundo o MPF.

CPI da Petrobras
O MPF informou também que as medidas cautelares buscam colher provas adicionais da tentativa de obstrução à investigação de organização criminosa pela Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Petrobras, em 2009.

"Há indícios, que incluem a palavra de colaboradores e um vídeo, de que 10 milhões de reais em propina foram pagos pela Queiroz Galvão com o objetivo de evitar que as apurações da CPI tivessem sucesso em descobrir os crimes que já haviam sido praticados até então", declarou.

Penúltima fase
A penúltima fase da Lava Jato, denominada "Caça-Fantasmas",  foi deflagrada no dia 7 de julho e identificou que o banco panamenho FPB Bank atuava no Brasil, sem autorização do Banco Central, com o objetivo de abrir e movimentar contas em território nacional e, assim, viabilizar o fluxo de valores de origem duvidosa para o exterior, à margem do sistema financeiro nacional. Quatro pessoas foram presas temporariamente e foram liberadas cinco dias depois.

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