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'Não sou semideus', diz ministro do STF sobre pedido de impeachment contra ele

BRASÍLIA - O ministro Marco Aurélio Mello do Supremo Tribunal Federal (STF) disse, nesta quarta-feira, 6, que não é um "semideus" e, portanto, poderá ser questionado no Congresso Nacional como anunciou que pretende fazer o Movimento Brasil Livre (MBL). O grupo afirmou que irá protocolar no Senado um pedido de impeachment contra o ministro.

O ministro do STF, Marco Aurélio Mello
O ministro do STF, Marco Aurélio Mello

"Não sou um semideus", rebateu. Marco Aurélio também afirmou que espera que as instituições do País funcionem com "mais tranquilidade" no processamento do caso. "Sou juiz há 37 anos e eu apenas busco servir e servir com pureza da alma e a partir da minha ciência e consciência e nada mais. Processo para mim não tem capa, tem conteúdo", se defendeu.

Marco Aurélio negou que a decisão dele sobre o pedido de impedimento do vice-presidente Michel Temer na Câmara tenha provocado tumulto no processo de impeachment da presidente Dilma e pediu paciência sobre o caso. "Não podemos fechar o protocolo do Tribunal. O interessante é que as instituições funcionem."

Na última terça-feira, 5, o ministro concedeu uma liminar obrigando o presidente da Câmara, deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) a aceitar um pedido de impeachment de Temer que havia sido arquivado em janeiro. A decisão segue a mesma linha de minuta do despacho divulgada por erro do STF na noite da última sexta-feira.

A decisão causou a reação do MBL, que é contrário ao governo Dilma e afirma que Marco Aurélio atuou de forma "desidiosa" (negligente) no caso. O ministro Gilmar Mendes, considerado um dos maiores opositores do governo na Corte, ironizou a decisão do colega de STF relacionada a Temer. "Eu também não conhecia impeachment de vice-presidente. É tudo novo para mim. Mas o ministro Marco Aurélio está sempre nos ensinando", afirmou.

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