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Lula interferia nos fundos de pensão desde a década de 90, diz Palocci

Fabio Serapião/BRASÍLIA / O ESTDO DE SP

11 Setembro 2018 | 16h00

O ex-ministro Antônio Palocci disse em depoimento à força-tarefa da Operação Greenfield que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva interferia nos investimentos dos fundos de pensão desde a década de 1990, quando ainda atuava no meio sindical. Ao Ministério Público Federal (MPF), o ex-ministro afirmou que a partir de 2004, já no poder, o PT começou a pedir vantagem indevidas a empresas interessadas em receber aportes dos fundos de empresas públicas.

 

 

Palocci diz que Lula agiu ‘diretamente’ por propinas

“O evento mais remoto sobre atuação em fundos de pensão que envolva a mim e o PT é quando Lula me chama, era 96 ou 98, antes dele ser candidato em 2002. quando pela primeira vez o PT elege um representante na Previ, dos funcionários. PT não era Governo mas havia eleito representante doa funcionários. E quem procura o PT para procurar uma interferência e Emílio Odebrceht em nome da Braskem”, explicou Palocci.

Os pedidos, diz ele, eram feitos pelos tesoureiros do partido. Delúbio Soares, Paulo Ferreira e João Vaccari exerceram a função em períodos diferentes. “O presidente Lula expedia determinações para colocar recursos em empreendimentos de interesse do governo. Que nem sempre era vantagem indevida, mas apenas para atender vantagem política”, diz trecho do depoimento de Palocci aos procuradores da força-tarefa que apura desvios nos maiores fundos de pensão do País. O depoimento não detalha a atuação de Lula nos fundos antes de chegar à Presidência.

Palocci fechou um acordo de colaboração premiada com a Polícia Federal e vem prestando depoimentos em investigações e processos em andamento. Aos procuradores da Greenfield, o foco sobre o FIP Sondas, acionista da Sete Brasil, empresa criada à época da descoberta do pré-sal para alugar sondas para a Petrobras. Os fundos de pensão do Banco do Brasil (Previ), da Caixa (Funcef) e da Petrobras (Petros) eram os principais cotistas do FIP.

“No governo Lula, o pré-sal foi enxergado como um passaporte para o futuro, que foi um bilhete premiado no fim do governo. Que o clima era de delírio político”, explicou Palocci sobre os interesses do PT no pré-sal e na construção das sondas.

Esse cenário de “delírio político”, disse o ex-ministro, fez com que Lula tivesse um momento de atuação “raro” que resultou em um “descuido” da parte jurídica por que o então presidente começou a atuar diretamente nos pedidos de “vantagens indevidas”.

Aos procuradores, o delator narrou uma reunião realizada no “fim de 2009 ou começo de 2010”, no Palácio do Alvorada, em Brasília, em que Lula teria dito a ele e a ex-presidente Dilma Rousseff que o FIP tinha que garantir o “futuro” do PT. “Foi uma reunião muito curta e os demais presentes ficaram perplexos com a conduta do presidente Lula”.

Sobre os gestores dos fundos à época, Palocci disse que eles tinham conhecimento das irregularidades. A ex-presidente Dilma Rousseff, disse Palocci, se encontrou com os presidentes dos fundos que seriam acionistas no FIP Sondas para “forçar o investimento. Segundo Palocci, o projeto da construção das sondas tinha vários problemas, entre eles, a falta de estudo técnico, “o projeto era mirabolante, havia motivação política e necessidade de arrecadar propina”.

Zelotes e Belo Monte. Em seu depoimento, Palocci também citou que Lula tinha conhecimento e atuou em ilíticos práticas nos casos envolvendo a usina hidrelétrica de Belo Monte e na compra de caças pela Força Aérea. Por causa da citação, o MPF pediu para que o ex-ministro seja ouvido na ação penal derivada da operação Zelotes que apura possível tráfico de influência na compra dos caças.

O juiz Vallisney de Souza Oliveira anexou o depoimento do FIP Sondas no processo dos caças e autorizou o depoimento de Palocci para 20 de novembro.

COM A PALAVRA, O ADVOGADO CRISTIANO ZANIN MARTINS, QUE DEFENDE LULA

Palocci falou mentiras sem apresentar qualquer prova para tentar fechar um acordo judicial que o tire da prisão.

COM A PALAVRA, DILMA ROUSSEFF

1. Em todos os períodos eleitorais do qual a Presidenta participou, a Rede Globo criou factóides a fim de atingir a imagem, a honra e a autoridade política de Dilma Rousseff. Foi assim em 2010, 2014 – nos dois turnos – e, agora, em 2018.

2. A Globo ajudou a criar as condições para o Golpe de 2016, quando envenenou o ambiente e incitou o impeachment fraudulento e sem crime de responsabilidade, que tirou Dilma Rousseff da Presidência da República.

3. Às vésperas das eleições de 2010 e 2014 lançou acusações e fomentou escândalos, usando fatos que posteriormente se mostraram infundados. Em outros momentos “repercutiu”, de forma quase orquestrada, a campanha difamatória promovida por outros veículos de mídia, antes, durante e depois do Golpe de 2016.

4. Agora, a Globo traz à tona uma nova declaração do senhor Antonio Palocci. Na verdade, ressuscita o senhor Palocci, que de forma desesperada está disposto a tudo, à mais deslavada mentira, à mais fantasiosa invenção para sair da prisão. E, mais uma vez, um testemunho sem provas, calcado em inverdades.

5. Nessa velha “delação implorada”, o senhor Palocci tem a mesma conduta mentirosa apresentada em outros depoimentos a autoridades da Polícia Federal e do Ministério Público Federal. Tudo com o propósito de obter um acordo que o permita deixar a prisão.

6. Novamente, o senhor Palocci repete a ficção de reuniões com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a então ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff. Jamais existiram reuniões sobre tais temas.

7. A ficção de Palocci chega ao ponto de criminalizar a atuação dos ex-presidentes Lula e Dilma por orientar investimentos de fundos de pensão. Transforma uma ação administrativa em crime, de maneira irresponsável e criminosa. Difamação e injúria sistematicamente cometidas. Mais uma vez, um testemunho sem provas ou indícios. Em todo o mundo, fundos de pensão investem em projetos de longo prazo que garantem retornos seguros. É o caso da Usina de Belo Monte.

8. Sobre a “atuação de Lula” na negociação da compra de caças para as Forças Armadas, a denúncia do senhor Palocci não é apenas patética, mas pífia. É público e notório que o acordo com a França jamais prosperou.

9. O acordo e a parceria para a construção dos caças foi feito com a Suécia, no governo da Presidente Dilma Rousseff, cinco anos depois do presidente Lula sair do governo. Daí que não se sustenta a ficção do senhor Palocci em torno de um pedido de propina nas negociações entre os governos brasileiro e francês.

10. A estratégia da Globo, repetida nas últimas três eleições, de macular as imagens dos ex-Presidentes Lula e Dilma, mais uma vez, não surtirá efeito.

11. Assim como em 2010 e 2014, a Presidenta Dilma conquistou o apoio do povo brasileiro e venceu duas eleições presidenciais.

12. Lula tem sua liderança política reconhecida pelo povo brasileiro. Há, no mundo, um clamor por sua libertação. Lula é inocente e foi condenado sem provas.

13. Por isso, nada poderá deter a vitória do PT nas eleições de outubro. Em Minas e no Brasil.

Assessoria de Imprensa
Dilma Rousseff

COM A PALAVRA, ODEBRECHT

“A Odebrecht continua colaborando com a Justiça e reafirma o seu compromisso de atuar com ética, integridade e transparência.”

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