Ranking Folha mostra quais estados fazem mais com menos
Ferramenta inédita lançada pela Folha e o Datafolha mostra quais estados entregam mais educação, saúde, infraestrutura e segurança à população utilizando o menor volume de recursos financeiros.
O REE-F (Ranking de Eficiência dos Estados - Folha) considera 17 variáveis agrupadas em 6 componentes para calcular a eficiência na gestão dos 26 estados e detalha ainda a situação das finanças de cada um deles.
Numa escala de 0 a 1, cinco estados ultrapassam 0,50 e, por isso, podem ser considerados "eficientes" -Santa Catarina, São Paulo, Paraná, Pernambuco e Espírito Santo. Outros seis mostram "alguma eficiência" no uso de seus recursos e os demais 15 podem ser considerados "pouco eficientes" ou "ineficientes".
O objetivo do REE-F é quantificar o cumprimento, pelos governos estaduais, de funções básicas e previstas em lei segundo seus recursos financeiros.
Aparecem mais bem posicionados os estados que gastam menos, por exemplo, para ter mais jovens na escola, médicos e leitos em hospitais, redes de água e esgoto, melhores rodovias e menores índices de violência.
A partir do cruzamento com a atividade econômica dos estados, o REE-F mostra que aqueles que mantêm ou que ampliaram sua base industrial e de serviços na composição do PIB (Produto Interno Bruto), com impacto positivo na arrecadação de impostos, tendem a ser mais eficientes. Já os que têm a agricultura, a administração pública e os repasses da União como principais fontes de receita se saem pior.
Além de mostrar correlação com o IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) da ONU, o REE-F revela que altas taxas de mortalidade infantil e homicídios são os sinais mais fortes da ineficiência de um estado. E que aqueles que possuem receita per capita maior não são necessariamente os com melhor desempenho.
O trabalho traz ainda um amplo panorama das dificuldades dos estados, com a queda na receita e investimentos na crise econômica, e a explosão das despesas com o aumento do funcionalismo ativo e inativo.
Com cada vez menos receitas disponíveis para o básico, os estados têm à frente um desafio inédito: quase a metade dos servidores está em idade de se aposentar, colocando em xeque o atendimento à população.
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Ineficiente
Pouca eficiência
Alguma eficiência
Eficiente
Estado | REE-F | |||
---|---|---|---|---|
1º | Santa Catarina | 0,635 | ||
2º | São Paulo | 0,574 | ||
3º | Paraná | 0,533 | ||
4º | Pernambuco | 0,517 | ||
4º | Espírito Santo | 0,517 | ||
6º | Paraíba | 0,498 | ||
7º | Minas Gerais | 0,493 | ||
8º | Piauí | 0,482 | ||
9º | Ceará | 0,480 | ||
10º | Rio de Janeiro | 0,456 | ||
11º | Goiás | 0,445 | ||
12º | Rio Grande do Sul | 0,427 | ||
13º | Mato Grosso do Sul | 0,405 | ||
14º | Maranhão | 0,386 | ||
14º | Tocantins | 0,386 | ||
16º | Bahia | 0,362 | ||
17º | Mato Grosso | 0,353 | ||
18º | Rondônia | 0,350 | ||
19º | Amazonas | 0,344 | ||
20º | Alagoas | 0,305 | ||
21º | Sergipe | 0,302 | ||
22º | Roraima | 0,267 | ||
23º | Rio Grande do Norte | 0,259 | ||
24º | Acre | 0,202 | ||
25º | Pará | 0,187 | ||
26º | Amapá | 0,097 |