INÉDITO: CANINDÉ É A PRIMEIRA CIDADE A EXPERIMENTAR PROCESSO DE REPRODUÇÃO ANIMAL
Um fato inédito estar prestes a se concretizar no Zoológico de São Francisco, localizado no Município de Canindé, cidade franciscana distante 126 km de Fortaleza, e, que se tornou referência nacional em reprodução de animais de risco de extinção em cativeiro.
A expectativa do veterinário Henrique Weber é com o acasalamento de um casal de onça pintada que se encontram na cidade há 17 anos. O macho veio de João Pessoa, na Paraíba, e é chamado de BARÉ. A fêmea, da mesma espécie, foi batizada de LULUCA e veio do Mato Grosso do Sul.
Eles já estão em processo de acasalamento e, para o responsável, agora é uma questão de dias para que os animais entrem no cio e assim aconteça à procriação, um fato inédito para o Estado do Ceará, o Nordeste e o Brasil.
Os animais têm nome popular de onça pintada ou jaguar, e o nome científico é Panthera Onça. Na distribuição geográfica, localiza-se nas planícies costeiras do México até o Norte da Argentina. Seu habitat natural se concentra na Amazônia, Cerrado, Caatinga, Pantanal, Mata Atlântica e Campos Sulinos. Alimentam-se de veados, capivaras, catetos, pacas, dentre outros mamíferos de pequeno porte, além de peixes.
De acordo com Henrique Weber, a reprodução acontece entre um e quatro filhotes, após 90 e 110 dias de gestação. Também está na relação dos animais em extinção no planeta. O casal que se encontra no zoológico de Canindé apresenta idades variadas. A fêmea tem nove anos. Já o macho completou onze.
Eles comem, em média, três quilos de alimentos por dia.
‘’Estamos satisfeitos com o sucesso do projeto, porque todos os animais que chegam para acasalamento estão se adaptando muito bem’’, frisa o veterinário.
No zoológico de Canindé existem 56 espécies divididas em 400 animais. O consumo diário de alimentação de carne chega à média de 50 quilos, além de banana, melancia, mamão, girassol, gengibre, queijo, mel, maça, pêra, uva, dentre outros produtos. Para alguns animais, grilos, baratinhas são selecionadas como ração animal e entram no cardápio.
Foto e texto de Antônio Carlos Alves / OPOVO