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Pesquisa exclusiva revela que para 83% dos brasileiros Dilma sabia do petrolão

 

alx dilma rousseff originalA corrupção colou na imagem que os brasileiros têm da presidente Dilma Rousseff. Um levantamento feito pelo Instituto Paraná Pesquisas revelou que 83,5% dos entrevistados acreditam que ela sabia dos esquemas de corrupção na Petrobras desvendados pela Operação Lava Jato. O índice chega a 86,3% na região Sudeste e cai para 78% no Nordeste. De acordo com 75,7%, diante da corrupção na Petrobras e no governo federal revelada pela justiça federal, caberia à presidente fazer um pedido de desculpas ao país.

O ex-presidente Lula também foi contaminado pelo escândalo. Para 84,2% dos entrevistados, ele também sabia dos desvios na estatal. Os índices oscilam entre 87,3% no Sudeste e 76,9% no Nordeste. Apesar da convicção ser predominante, 66,3% acham que Lula não será preso na operação. Para 65,6%, as investigações correm o risco de acabar em pizza. Outros 24,6% discordam que a operação terá desse desfecho. Quanto ao que foi apurado até o momento pela operação, 47,2% acham que há muita corrupção que nem virá a público e 45,9% dizem que ainda há muita corrupção a ser apurada e trazida a público. Apenas 5,9% acham que a maior parte da corrupção já foi investigada e divulgada.

O estudo mostra que a falta de fiscalização dos tribunais competentes (42,9%), o governo (26%) e os partidos políticos e campanhas eleitorais (13,3%) são os principais responsáveis pelo petrolão.

A pesquisa também testou a popularidade do juiz Sergio Moro: 16,8% dos entrevistados souberam citar o nome do juiz federal que comanda a Lava Jato, índice que sobe para 26% no sul do país. Os números traduzem ainda o desejo da população de ver punidos os envolvidos. Para 54,2%, as prisões ordenadas até o momento são penas leves, outros 40,6% dizem serem justas e apenas 3,8% disseram ver exagero nas medidas. Em relação às delações premiadas, 55% defendem o método como forma de os investigados contribuírem com a justiça e 37,5% são contra. Sobre a confiabilidade das informações dos delatores, 34,6% as classificam como confiáveis, enquanto 50,5% afirmam não confiar nas declarações dos envolvidos.

O universo da pesquisa é de 2.060 pessoas, estratificadas por sexo, faixa etária, escolaridade e posição geográfica. Foram colhidas entrevistas pessoais com habitantes maiores de 16 anos em 23 Estados e Distrito Federal e 154 municípios brasileiros entre os dias 24 a 27 de agosto deste ano. O grau de confiança é de 95% para uma margem estimada de erro de dois pontos percentuais. O instituto Paraná Pesquisas está registrado no Conselho Regional de Estatística da 3ª Região sob o nº 6288/10 e é filiado à Associação Brasileira de Empresas de Pesquisa (ABEP) desde 2003. Para a seleção da amostra, foi usado o método de amostragem estratificada proporcional conforme o mapeamento do Brasil nas cinco regiões (Norte, Nordeste, Centro-Oeste, Sudeste e Sul), segundo o IBGE. Dentro de cada região, agruparam-se os municípios em grupos homogêneos para a estratificação proporcional final da amostra.

Arte da pesquisa da Lava-Jato
(VEJA.com/VEJA)

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