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1,5 mi podem ficar sem 13º; Ceará paga em dia

São Paulo/Fortaleza. Cerca de 1,5 milhão de servidores estaduais correm o risco de não receber o 13º salário até o fim do ano. Em situação fiscal delicada, os Estados do Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Rio Grande do Norte e Minas Gerais já enfrentam dificuldades mensalmente para levantar recursos para arcar com a folha de pagamento e seus funcionários devem penar para receber o salário extra. No Ceará, os 162,8 mil servidores estaduais já receberam 50% do 13º salário e mais um volume de cerca de R$ 400 milhões deve ser depositado até o dia 20 de dezembro de 2017.

No Piauí, os servidores públicos já receberam 50% do 13.º mas o governo ainda não sabe como fazer para pagar a segunda parcela. No Rio Grande do Sul, será o terceiro ano consecutivo em que os funcionários não receberão no prazo. O 13º de 2015 foi pago aos trabalhadores apenas em junho do ano seguinte, com correção de 13,67% - o valor médio cobrado por empréstimos bancários tomados pelos servidores à época. O salário extra do ano passado foi parcelado em dez vezes e, agora, não há definição em relação ao de 2017, no estado.

Natural

Em Minas Gerais e Rio Grande do Norte, os governos têm pago, desde 2016, os trabalhadores de forma escalonada: primeiro recebem os que têm salários mais baixos e, conforme entram recursos, os demais. Para a economista Ana Carla Abrão Costa, que foi secretária da Fazenda de Goiás no governo de Marconi Perillo (PSDB), é natural que os Estados tenham dificuldade para pagar o 13.º, pois a maioria deles compromete mais de 60% das receitas com salários.

"A despesa com folha de pagamentos está fora da lei (superando o limite de 60% da arrecadação), e a receita dos Estados não tem 13.º", destaca. A situação fiscal dos Estados, acrescenta piorou a partir de 2011, quando eles aceleraram o endividamento e se agravou ainda mais com a crise econômica, que reduziu a arrecadação.diarionordeste

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