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SP recorre à nova seleção

MEDICOS

Com a pior performance, São Paulo prepara uma nova seleção este ano para o preenchimento de 1.090 vagas para pediatras, ginecologistas, clínicos gerais e anestesistas, entre outros — áreas de maior demanda e carência da rede pública. Enquanto isso, do outro lado do balcão, quem depende do SUS espera de 30 a 90 dias por uma consulta com um clínico geral. Quando vai a um pronto-socorro, a fila para o atendimento pode chegar a cinco horas. Foi o que aconteceu com o comerciante Alan Novaes, de 31 anos, que também se queixa do atendimento ruim. Em dezembro, ele disse que esperou quatro horas pelo clínico geral na UPA Campo Limpo, no extremo sul da cidade, e sequer foi examinado. — A consulta durou poucos minutos, e o médico não colocou a mão nem para ver onde doía, se era estômago mesmo. Receitou Buscopan na veia. Eu melhorei com um remédio que tinha em casa — conta o paciente.

Há quatro dias, ele voltou à unidade com seu avô, de 83 anos, em convulsão. Segundo a família, só havia um médico para atender todos os casos da UPA naquela manhã.

A crise na Saúde é crônica e generalizada no país. As dificuldades econômicas de 2015 apenas tornaram o quadro mais agudo e expuseram as deficiências de um sistema que agoniza há tempos. A situação mais grave é a do Rio de Janeiro, que enfrenta o fechamento de hospitais por falta de recursos e funcionários. O governo fluminense admitiu ter dívidas que somam R$ 1,4 bilhão com fornecedores e, na semana passada, repassou dois hospitais — Albert Schweitzer e Rocha Faria — à prefeitura.

Outro local preocupante é o Distrito Federal, que tenta reverter a dispensa de pacientes em seus hospitais. Além de um déficit de cerca de mil médicos, o governo está às voltas com equipamentos sucateados. No principal hospital de Brasília, o Hospital de Base, os dois tomógrafos estão quebrados, e a promessa é que um deles volte a funcionar esta semana. O GLOBO

 

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