Campanha pretende reduzir o número de acidentes de trânsito
As campanhas que geralmente relacionam determinado mês com alguma cor serão representadas por uma delas pelos próximos dias: o “Maio Amarelo”. Este é um movimento que pretende chamar a atenção não só no Brasil mas em todo o mundo para o alto número de mortos e feridos no trânsito.
A campanha, coordenada entre poder público e sociedade civil, visa promover ações de educação e conscientização, debater riscos e responsabilidades e avaliar o comportamento no trânsito. Durante as ações, é comum ver prédios públicos ou monumentos mundo afora iluminados com a cor da campanha vigente. O alerta se soma às iniciativas de dar aos acidentes o tratamento de uma epidemia, levando à adoção de medidas para reduzir o número de vítimas.
No mundo, o número de mortos nas estradas pode chegar a 1 milhão por ano até 2030. Nesse período, entre 20 milhões e 50 milhões de pessoas sobreviverão aos acidentes a cada ano, com traumatismos e ferimentos, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). O problema é mais grave nos países de média e baixa rendas.
A OMS estima que 90% das mortes acontecem em países em desenvolvimento, como o Brasil. Ao mesmo tempo, esse grupo possui menos da metade dos veículos do mundo (48%), o que revela que é muito mais arriscado dirigir — especialmente motos — nesses lugares. E a situação se agravará ainda mais nesses países, segundo a OMS, devido ao aumento da frota, à falta de planejamento e ao baixo investimento na segurança das vias públicas.
Panorama
No Brasil são recorrentes as notícias sobre crimes no trânsito. O Ministério da Saúde estima que são registradas cerca de 43 mil mortes por ano no País. O Detran do Distrito Federal (DF) avalia que mais de 100 ações são promovidas no DF para lembrar que comportamentos simples, como usar cinto de segurança, não dirigir sob efeito de drogas e obedecer à sinalização, são significativos para reduzir a mortalidade no trânsito.
Brasília é considerada cidade modelo quanto a utilização correta da faixa de pedestres. A ação é simples: o pedestre para no começo da faixa e, ainda na calçada, estica o braço na horizontal, dando sinal de que pretende atravessar. Os motoristas entendem a mensagem e param, até que o cidadão atravesse a rua em segurança. Implementada em 1997, inicialmente no Plano Piloto, a iniciativa chegou a ser adotada em outras partes do país.
Mas a falta de campanhas de conscientização levou motoristas, antes atentos às faixas, a relaxar o comportamento. O número de mortes nas travessias para pedestres na capital federal subiu de quatro, em 2015, para seis, no ano passado. As principais causas são a imprudência de condutores que excedem os limites de velocidade e usam o celular ao volante.
Da Agência CNM, com informações da Agência Senado