O Portal Flora foi construído pela construtora Qualyfast, com financiamento da Caixa Econômica Federal (CEF) dentro do programa "Minha Casa, Minha Vida". As famílias de baixa renda, muitas com idosos e com pessoas com deficiência, pagam entre R$ 25 e R$ 80 de prestação. O condomínio foi entregue em maio do ano passado.

A vendedora Ângela de Barros uma das afetadas, lamenta o ocorrido. “Não sei o que vai acontecer. Sei que a gente está vendo o sonho ruir, só isso. A gente está vendo o nosso sonho, o sonho de 1.500 famílias indo embora. Só isso”, afirma.

Do lado de fora dos outros prédios, também apareceram rachaduras, mas foram tapadas. Há fissuras nas paredes, no teto e até na casinha do gás.

A dona de casa Antônia da Silva está preocupada. ‘Não tem para onde ir, porque se eu for para onde morava vou ter enchente. Vou perder as coisas de qualquer jeito. Não tem para onde correr”, diz.

O advogado Mario Branco, da Qualyfast, disse que três torres estão com fissuras. A construtora contratou um consultor que levantou todos os problemas. Disse que não há risco de desabamento e que a construtora vai fazer os reparos a partir de segunda-feira.

A CEF disse que mandou um engenheiro ao local, que confirmou uma movimentação do bloco em questão, o que ocasionou o aparecimento de fissuras.

A Caixa disse ainda que acionou a construtora responsável e que a empresa já está arcando com os custos de hospedagem até que as unidades habitacionais sejam liberadas pela Defesa Civil.

A Prefeitura de Guarulhos disse que a Defesa Civil interditou o prédio, porque encontrou problemas graves na estrutura e que acionou a Caixa e a construtora Qualyfast.