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Temer perde seu principal trunfo: o sangue frio

Marcello Casal/ABr

As coisas não andam bem para Michel Temer. Em seis meses de gestão, viu meia dúzia de ministros saírem pela porta de incêndio. A Lava Jato rosna para o governo e seus aliados. Baluarte do Planalto no Congresso, Renan Calheiros foi ao banco dos réus. Henrique Meirelles faz tudo para que a economia reaja. Mas tudo não quer nada com o ministro da Fazenda.

Diante de um cenário assim, tão adverso, restava a Temer seu único e mais valioso patrimônio político: o sangue frio. Em três décadas de vida pública, o personagem construíra uma fama de serenidade. Súbito, Temer perdeu o equilíbrio. Deu-se nesta sexta-feira. Após participar de videoconferência sobre o combate ao mosquito Aedes aegypti, Temer dirigiu-se à imprensa.

Na fase de perguntas, foi inquirido sobre o pacote de medidas anticorrupção que seus aliados viraram do avesso na Câmara. Um repórter quis saber a opinião do presidente sobre a encrenca e se ele participara da articulação que tentou votar o pacote desfigurado, a toque de caixa, no Senado. Abespinhado, o entrevistado ralhou: “Estou falando de zika, por favor!” E deu por encerrada a entrevista.

Shiiiiiiii… Se Temer continuar agindo assim, logo, logo estará chamando jornalista de “meu querido”. E Dilma Rousseff o acusará de plágio. JOSIAQS DE SOUZA

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