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Moradores desalojados no RJ há 10 dias reclamam de condições precárias

Desde que um muro do Condomínio Bela Vista 1, no Bairro Arsenal, em São Gonçalo, desabou há cerca de 10 dias, alguns prédios continuam interditados e famílias que estão desalojadas se apertam na casa de parentes esperam uma resposta para o problema. Até hoje, cada família se vira como pode. Em um apartamento de 48 metros quadrados, vivem 11 pessoas. Foi assim, na casa da irmã, que a Elaine conseguiu abrigo para a família.

"Tivemos que sair de casa. Minha casa está interditada. Já estamos com o documento em mãos que está interditada, não posso entrar, e nós estamos esperando a solução", disse Elaine Germano, que morava no bloco 8 do condomínio.

A Caixa Econômica Federal, responsável pelo condomínio do "Minha Casa, Minha Vida", está pagando diárias em um hotel aos moradores que não têm para onde ir. Esse hotel fica em Itaboraí, e muita gente reclama da distância.

"Não temos condição de ir pra hotel. É lá em Itaboraí, dentro do mato. Não tem condições da gente ir pra lá. O meu marido trabalha no Rio. Crianças estudam aqui", disse a moradora Ana Cristina de Almeida.

"É bem longe. Do centro de Itaboraí pra onde eu estou são uns 25 minutos andando. Eu pego seis horas da manhã na empresa. Que horas que eu tenho que sair de la? Um lugar que eu não conheço, não sei se é perigoso. Tenho que sair de madrugada", disse Jureciane da Silva.

Alguns moradores dizem que não têm como sair do condomínio e convivem com o medo de novas tragédias. "Eu não durmo, eu não como direito. Estou aqui com a minha bolsa pra baixo e pra cima com documentos porque eu não deixo meus documentos dentro de casa", disse uma outra moradora.

Após o acidente, que matou um operário que trabalhava na obra, quatro blocos foram interditados pela Defesa Civil e 80 famílias tiveram que deixar suas casas. O operário Ricardo Paiva da Silva, de 27 anos, trabalhava no conserto de um muro porque, segundo os moradores, o terreno já tinha cedido. Os bombeiros foram acionados e homens do quartel do Colubandê foram ao local, mas, Ricardo não resistiu aos ferimentos e morreu no local. De acordo com os moradores, os problemas começaram um ano depois da entrega do condomínio pelo programa Minha Casa, Minha Vida.

Na semana passada, técnicos da Caixa fizeram uma vistoria no condomínio, mas ninguém sabe quando vai poder voltar pra casa. A Caixa Econômica informou que aguarda o laudo da defesa civil para liberar os blocos interditados. PORTAL G1

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