Líder do governo na Câmara minimiza demissão de Prates e fala em 'herança maldita' na Petrobras
O líder do governo na Câmara, deputado José Guimarães (PT-CE), minimizou a demissão de Jean Paul Prates da presidência da Petrobras nesta terça-feira (14) e disse que há uma "herança maldita" na empresa herdada do governo Jair Bolsonaro (PL).
A notícia da decisão do presidente Lula (PT) de demitir Prates foi divulgada durante sessão da Câmara na noite desta terça. O deputado Cabo Gilberto Silva (PL-PB) aproveitou para criticar o governo do petista ao microfone no plenário e foi rebatido por Guimarães.
"Estou achando incrível o pessoal aí. Estamos com uma herança maldita na Petrobras que veio no governo anterior. Aliás, o presidente deles demitiu o presidente da Petrobras num ano três vezes. Qual o problema nisso? Era gasolina a R$ 10 e por aí vai. Essa é a herança de quando vocês governaram a Petrobras, porque não tinha nem presidente que durasse um ano. Tira um, bota outro", disse Guimarães.
Em seguida, afirmou que "faz parte da rotina" a mudança e que o presidente da República é "quem tem o poder de demitir ou nomear".
Para o lugar de Prates, Lula indicou a engenheira Magda Chambriard, que comandou a ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis) no governo Dilma Rousseff (PT).
Após a divulgação da decisão do petista, os ADRs (recibos de ações brasileiras negociadas nos Estados Unidos) da Petrobras recuaram 5,65% nas negociações pós-mercado.