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Não fazem nexo alegações de Dilma e Mercadante sobre a ação antidelação

DILMA E MERCADANTE

Aloizio Mercadante e Dilma Rousseff se esforçam para transformar a tentativa frustrada de silenciar a delação de Delcídio Amaral numa história fantástica, passada num país imaginário. Uma história bem ajustada ao Brasil dos dias que correm. As alegações do ministro e da presidente não fazem nexo.

Gravado no diálogo em que fez gestões para tentar evitar que Decídio jogasse sua delação no ventilador, Mercadante alegou em entrevista que agiu por conta própria, com o objetivo de prestar “solidariedade pessoal'' ao correligionário, cuja família atravessava um mau momento. Curioso. Ex-senador, Mercadante é um desafeto de Delcídio. E era correspondido na sua aversão. Escolheu uma hora atípica para estreitar a inimizade.

Em nota, Dilma disse que “repudia com veemência e indignação a tentativa de envolvimento do seu nome na iniciativa pessoal do ministro Aloizio Mercadante.” Curiosíssimo. Mercadante é o ministro mais próximo da presidente. Na gravação que o deixou mal, o ministro diz: “Eu sou um cara leal. A Dilma sabe que, se não tiver uma pessoa para descer aquela rampa, eu vou com ela até o final.”

Dilma abusa da inteligência alheia ao difundir a versão segundo a qual seu ministro mais leal omitiu dela as gestões para deter a delação do então líder do governo no Senado. Considerando-se o estrago da novidade, a omissão, se verdadeira, configuraria uma grave traição. Algo suficiente para que Dilma enviasse o auxiliar para o olho da rua. Mercadante continua ostentando o título de ministro da Educação. JOSIAS DE SOUZA

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