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Câmara de Mauá aprova abrir processo de impeachment do prefeito Átila Jacomussi

A Câmara Municipal de Mauá, no ABC Paulista, aprovou nesta quarta-feira (16) a abertura de processo de cassação do mandato prefeito da cidade, Átila Jacomussi (PSB).

Jacomussi está preso por suspeita de desvio de verbas da merenda na cidade. Ele foi para a prisão em maio, foi solto um mês depois, e preso novamente em dezembro do ano passado. A prisão foi parte operação Trato Feito, que investigou 22 dos 23 vereadores da cidade sob suspeita de corrupção.

A aprovação da abertura do processo de impeachment se deu com 19 votos a favor, um contra e uma abstenção, sob gritos de quem acompanhava a sessão. Esta é apenas a primeira etapa do processo, que deve durar cerca de 90 dias.

 

Em nota, o advogado de Jacomussi, Daniel Leon Bialski, disse que a abertura do processo de impeachment é “muito mais política do que jurídica”, e que “não há qualquer prova, testemunha ou gravação que mostre o recebimento de dinheiro ou atos ilícitos praticados direta ou indiretamente pelo prefeito”.

Átila Jacomussi (PSB) em entrevista à TV Globo — Foto: Reprodução/TV Globo

Átila Jacomussi (PSB) em entrevista à TV Globo — Foto: Reprodução/TV Globo

A sessão da Câmara de Mauá desta quarta-feira, em pleno recesso parlamentar, teve a presença de 21 dos 23 vereadores. Sete pedidos de cassação haviam sido registrados na Casa desde a segunda prisão de Jacomussi, em 13 de dezembro do ano passado.

O pai do prefeito, Admir Jacomussi (PPR), foi à tribuna para declarar voto contrário à cassação. “Meu filho é inocente”, gritou.

O advogado do prefeito disse esperar “que o processo e o julgamento sejam feitos de forma justa, observando-se os princípios da legalidade, imparcialidade e respeitando o direito de defesa -algo que a delegada que presidiu as investigações não fez”.

Bialski considerou as acusações contra seu cliente como “falácias, baseadas muito mais na opinião e no arbítrio da delegada do que em fatos, testemunhas e provas”. “Inclusive, chama a atenção ter feito a investigação mesmo falecendo-lhe competência, já que os fatos deveriam ser investigados pela Polícia Civil e julgados pela Justiça Estadual, como já declarou e requereu o próprio Ministério Público.”

Licitações direcionadas em troca de propina

Jacomussi é acusado de direcionar licitações em diversas áreas em troca de propina. Em maio, a PF encontrou R$ 80 mil dentro de uma panela no apartamento dele. Na ocasião, ele chegou a ser preso, mas foi solto menos de um mês depois.

A defesa de Átila Jacomussi disse que o dinheiro encontrado na casa dele é fruto do trabalho como prefeito e que a última prisão, em dezembro, foi baseada em fatos “requentados” já revogados pelo Supremo Tribunal Federal.

PORTAL G1

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