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Ciro sobre Haddad: ‘Ele perdeu para João Dória’ 3

Em Taboão da Serra, Ciro alvejou Haddad: 'Perdeu para João Doria e para os votos nulos e brancos'

Horas antes de a Executiva do PT confirmar Fernando Haddad na cabeça da chapa presidencial do partido, o amigo Ciro Gomes já havia transformado o substituto de Lula em alvo. Durante caminhada em Taboão da Serra (SP), ele declarou: “Há menos de dois anos, o Lula e eu apoiamos o Fernando Haddad na prefeitura de São Paulo, buscando sua reeleição. Tivemos uma decepção profunda, porque o Haddad não só perdeu para o João Dória, que é um grande farsante, mas perdeu para os votos nulos e brancos.” Os comentários de Ciro ganharam a rede.

Ao expor as fragilidades de Haddad, Ciro insinuou que está mais aparelhado do que o preferido de Lula para enfrentar o que batizou de ''ameaça protofascista''. Referia-se ao líder das pesquisas, Jair Bolsonaro. Acha que Haddad não terá “contundência, clareza e coesão” para derrotar o capitão.

Claro como água de bica, Ciro se oferece ao eleitorado petista como opção mais segura para evitar o que considera um mal maior. Prega o voto útil. Para não afugentar o petismo, assoprou Haddad enquanto mordia. Na disputa municipal de São Paulo, em 2016, “ele alcançou 16% dos votos. Perdeu praticamente em todas as urnas de São Paulo. Isso não o desqualifica. É alguém que tenho estima, respeito, gostaria de tê-lo como vice, se um entendimento lá atrás fosse possível. Mas, lançado nessa circunstância, ele sai muito fragilizado.”

Segundo o Datafolha, Bolsonaro perderia por larga margem para qualquer adversário, exceto para Haddad, com quem está tecnicamente empatado. Ciro prevaleceria sobre o rival com vantagem de dez pontos: 45% a 35%. Haddad, com 39%, está numericamente à frente de Bolsonaro, com 38%. Mas sua hipotética vantagem se dilui dentro da margem de erro da pesquisa, que é de dois pontos para cima ou para baixo.

No momento, os dois principais adversários de Haddad são o tempo e Ciro. O poste de Lula terá apenas 26 dias para grudar sua imagem à de Lula, evitando que um pedaço expressivo do eleitorado do preso petista migre para o cesto de Ciro. Na largada, informa o Datafolha, Haddad saltou de 4% para 9%, juntando-se ao bololô dos candidatos que disputam a vaga de adversário de Bolsonaro: Ciro (13%), Marina Silva (11%) e Geraldo Alckmin (9%). JOSIAS DE SOUZA

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