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Às vésperas das eleições municipais, esquema de fraude em pesquisas eleitorais no Ceará é revelado em áudio

 

Um novo escândalo na política no Ceará surge faltando apenas três dias para o eleitor ir às urnas.  Um áudio que vazou nas últimas horas revela uma suposta fraude a ser aplicada para a avaliação da intenção de votos. Mais vem o pior: a empresa envolvida no caso é a mesma que somente entre os meses de julho e setembro foi contratada e aplicou 29  pesquisas eleitorais  em 24 municípios cearenses.

A empresa envolvida no escândalo é a  Idhata, Instituto de Pesquisa e Inteligência de Marketing Limitada-ME, sediada em Fortaleza e cuja sócia majoritária chama-se Denise Almeida Ribeiro Silva. É a voz dela ouvida no áudio onde negocia com um cliente e confessa a fraude. Diz que vai “dar um desconto” ao contratante com a condição de não realizar a “pesquisa de campo”, mas sim, copiar questionários já aplicados numa enquete anterior, o que caracteriza o crime.

Entre os dias 11 de julho e 26 de setembro, a Idhata fechou contratos e realizou pesquisas nos seguintes Municípios: Sobral, Barbalha, Iguatu, Crato, Milhã (2 vezes), Acarape, Crateús, Milagres, Tabuleiro do Norte, Frecheirinha, Ipu, Beberibe, Ubajara, Graça, São Benedito (duas vezes), Capistrano (2), Caririaçu (2), Mauriti (2), Mucambo, Poranga, Icapuí, Canindé, Coreaú e Forquilha.  O preço das pesquisas variou entre  R$ 4 mil e R$ 7 mil.

Entre os contratantes está a empresa WMO – Comunicação e Marketing, pertencente a Wesley Martins de Oliveira, que encomendou pesquisas para os Municípios de Milagres, Tabuleiro do Norte, Milhã, Frecheirinha, Ipu, Beberibe, Ubajara, Graça, São Benedito, Capistrano. Caririaçu, Mauriti, Mucambo, Icapuí e Canindé.

Entre outros contratantes figuram também numa planilha da própria empresa o Sistema Liberdade de Comunicação Limitada-ME, com pesquisas nas cidades de Sobral, Barbalha, Iguatu, Crato e Milhã; e o deputado estadual Bruno Torquato Pedrosa (esquisa no Município de Acarape).

A confissão

Na gravação, a dona da empresa revela para o cliente que vai copiar os dados de uma pesquisa anterior e colocar na nova enquete contratada. Ela diz: “Dos 300 questionários, da quantidade que foi feita a pesquisa (anterior), eu vou passar à limpo com os critérios que o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) exige, que são cinco... Então, eu vou passar à limpo esses questionários pra gente não ter que ir pegar em campo de novo. Aí, por conta disso, estou lhe dando um desconto...”

O histórico da empresa remete a  fatos que foram investigados em uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), instalada pela Assembleia Legislativa do Estado do Ceará em 2009 (logo após as eleições de 2008), que teve como objetivo exatamente investigar falcatruas  em pesquisas eleitorais. 

 Ouça o áudio:

 

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