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PMDB e PT terão mais candidatos próprios nas capitais do que em 2012

 

O PMDB tenta aproveitar o impulso da chegada ao poder com o presidente interino, Michel Temer, para ampliar sua força nas maiores cidades do país nas eleições deste ano. Por isso, aumentará em um terço o número de candidatos a prefeito em capitais, em comparação com a disputa de 2012. Será a maior representação desde 1996.

O PT é o partido que disputará eleição em mais capitais, mas o que o move é outro objetivo. A legenda lançou nomes, mesmo com poucas chances de vitória, para garantir espaço no horário eleitoral e defender suas bandeiras, forma de amenizar o desgaste sofrido nos últimos anos com os escândalos de corrupção.

Entre as três maiores forças políticas no país atualmente, o PSDB é o único que reduzirá as campanhas em capitais. Após o resultado conquistado na eleição presidencial de 2014, o partido pretendia aproveitar o sentimento antipetista para ampliar suas fronteiras na eleição municipal. No entanto, não conseguiu viabilizar nomes competitivos e preferiu ser vice de candidatos de outras siglas em muitas cidades.

Em Fortaleza, das três siglas, somente o PT terá candidatura própria, e em chapa pura. A ex-prefeita Luizianne Lins vai tentar voltar ao poder da Capital cearense ao lado do seu vice, deputado estadual Elmano Freitas, que concorreu ao cargo majoritário em 2012, quando os petistas tinham a intenção que ele substituísse Luizianne. PSDB e PMDB fecharam acordo com Capitão Wagner, do PR, que terá como vice, o peemedebista Gaudêncio Lucena.

Sinal do apetite peemedebista, o partido entrará em campo nesta semana — a campanha eleitoral começa terça-feira — com mais postulantes a prefeito do que o PSDB em capitais. Serão 16, enquanto o PSDB terá 13 e o PT, 19. Em 2012, eram 12, 18 e 17, respectivamente. O PMDB que, nos últimos anos foi uma força auxiliar no plano nacional, manteve seu poderio nas pequenas cidades; agora investe em candidaturas fortes em grandes capitais.

Uma consequência do desgaste do PT para esta eleição é a dificuldade de fechar apoios. Em Fortaleza e João Pessoa, os candidatos petistas farão campanha sem aliados. O secretário nacional de Organização do partido, Florisvaldo Souza, diz que a pulverização de candidatos é um fenômeno nacional este ano. “Há uma tendência de mais candidaturas próprias de todos os partidos em função da conjuntura política”.

Para o cientista político Fernando Abrucio, professor da FGV, o afastamento de Dilma deu força ao projeto que o PMDB vinha preparando desde o início do segundo mandato da petista. Na visão do especialista, a expansão de candidatos do PT é uma tentativa de renovação interna. “Mais importante do que ganhar, o que parece pouco provável para o PT, é começar um processo de reconstrução, que pode durar alguns anos” avaliou o cientista político.

Com informações do O Globo.

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