Datafolha em SP no segundo turno: Tarcísio tem 49% das intenções de voto; Haddad, 40%
Por Levy Teles / o estadão
O ex-ministro da Infraestrutura Tarcísio de Freitas (Republicanos) continua à frente na disputa ao Palácio dos Bandeirantes e tem 49% das intenções de voto, nove pontos porcentuais acima do ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad (PT), que aparece com 40%, de acordo com pesquisa Datafolha divulgada nesta quarta-feira, 19.
Há 8% de paulistas que irão votar branco ou nulo e 3% indecisos. Os votos válidos, que não contabilizam os brancos e nulos, apontam Tarcísio com 55% e Haddad, 45%.
Nos votos totais, o ex-ministro do governo Bolsonaro oscilou negativamente um ponto porcentual para baixo em comparação à pesquisa anterior, do dia 7, enquanto o petista manteve os mesmos 40%. Nos votos válidos, o cenário se mantém o mesmo.
Haddad lidera no índice de rejeição, com 49% da reprovação dos paulistas, ante 42% de Tarcísio.
A porcentagem de paulistas que já decidiram em que candidato votar par ao governo do Estado oscilou um ponto para baixo. Agora, 87% da amostra estão do com o voto decidido e 13% consideram mudar.
Contratada pela Folha de S.Paulo e pela TV Globo, a pesquisa divulgada nesta quarta-feira foi realizada entre 17 e 19 de outubro e entrevistou 1.806 eleitores presencialmente em 74 cidades. O levantamento está registrado no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o número BR-01542/2022. A margem de erro é dois pontos para mais ou para menos.
Pesquisas eleitorais
No primeiro turno, o candidato do Republicanos ao governo de São Paulo, Tarcísio de Freitas, teve 9,8 milhões de votos (42,3%), enquanto o petista recebeu 8,3 milhões de votos, 35,7% do total contabilizado pela Justiça Eleitoral. Os números foram divergentes com os dados divulgados na véspera do primeiro turno por parte de pesquisas.
“A gente não pode dizer que houve erro. A pesquisa não prevê acertar resultados, não é prognóstico”, disse a diretora do Datafolha, Luciana Chong, em entrevista à GloboNews, um dia depois da realização do primeiro turno.
Após a eleição do dia 2 de outubro, o ministro da Justiça, Anderson Torres, pediu à Polícia Federal para que investigue os institutos de pesquisa. No dia 6, o senador Marcos do Val (Podemos-ES) apresentou pedido de criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar os institutos de pesquisa de intenção de voto.
Na quinta-feira, 14, o presidente do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), Alexandre Cordeiro, determinou a abertura de um inquérito para investigar as empresas Datafolha, Ipec e Ipespe, sob o argumento de haver indícios de que os institutos de pesquisa atuaram “na forma de cartel” para “manipular” as eleições, cometendo o mesmo erro sobre o resultado da votação do último dia 2 para escolher quem vai comandar o País nos próximos quatro anos, a partir de 2023.
O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Alexandre de Moraes, suspendeu as investigações abertas. Moraes pediu para a Corregedoria-Geral Eleitoral e a Procuradoria-Geral Eleitoral investigarem se houve abuso de autoridade e de poder para favorecer candidatura do presidente Jair Bolsonaro.