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Bolsonaro criticou PT por supostas ameaças ao Judiciário em 2018

Painel / Editado por Fábio Zanini / FOLHA DE SP

 

Apesar da ofensiva que levou adiante contra o Judiciário durante boa parte da sua gestão, o presidente Jair Bolsonaro (PL) exibiu em seu programa de televisão em 2018 críticas ao PT por supostas ameaças ao STF (Supremo Tribunal Federal).

Em duas das peças veiculadas no horário eleitoral daquele ano, a campanha do então postulante ao Planalto exibe trechos recortados de falas de aliados do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) contra a suprema corte.

O narrador inicia o trecho declarando que o Judiciário foi "duramente ameaçado por líderes petistas". Na sequência, exibe uma fala cortada do ex-deputado Wadih Damous (PT-RJ). "Tem que fechar o Supremo Tribunal Federal", diz.

"No primeiro dia, tirar todos os poderes do Supremo, ser só a Corte Constitucional", emenda o ex-ministro José Dirceu, já em outro contexto.

Por fim, o ex-governador Roberto Requião sustenta que se o Supremo não mandar soltar o Lula, ele "não existe mais".

Bolsonaro foi eleito aquele ano e ao longo de sua gestão protagonizou uma série de embates com o Judiciário. No 7 de setembro de 2021, por exemplo, ameaçou não cumprir mais decisões judiciais e apoiadores seus, como o cantor Sérgio Reis, viraram alvos de inquérito porque trocaram mensagens sobre organizar um levante popular caso o Senado não pautasse o impeachment de ministros.

Nesta sexta-feira (23), após ter passado alguns dias mais moderado aconselhado por seus estrategistas de campanha, Bolsonaro voltou a elevar o tom e falou em colocar um "ponto final" no que chamou de abusos de outro Poder, em uma referência velada ao Judiciário.

"O Brasil é um país livre. Vocês sabem que vocês estão tendo cada dia mais a sua liberdade ameaçada por outro poder, que não é o Poder Executivo. E nós sabemos que devemos botar um ponto final nesse abuso que existe por parte de outro Poder", declarou.

Ele repetiu também uma frase que costuma dizer, que, se reeleito, "todos, sem exceção, jogarão dentro das quatro linhas da Constituição".

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