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Michelle Bolsonaro tem ‘boom’ de popularidade nas redes e supera presidenciáveis, Lula e Janja

Por Johanns Eller / O GLOBO

Michelle Bolsonaro tem ‘boom’ de popularidade nas redes e supera presidenciáveis, Lula e Janja
A primeira-dama, Michelle Bolsonaro, durante a convenção do PL no Maracanâzinho, no Rio Gabriel de Paiva/O GLOBO
 

A insistência do núcleo político da campanha de Jair Bolsonaro à reeleição em dar protagonismo a Michelle Bolsonaro está se mostrando justificada. A popularidade da primeira-dama explodiu nas redes sociais no último mês, período em que assumiu protagonismo na campanha de reeleição de Jair Bolsonaro.

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Nos últimos 30 dias, Michelle ganhou 160 mil novos seguidores somente no Instagram, indica um levantamento da consultoria Bites obtido pela equipe da coluna. No mesmo período, o interesse por Michelle nas buscas do Google foi 24 vezes maior do que o de Rosângela da Silva, a Janja, esposa do ex-presidente Lula.

Só o crescimento do perfil da primeira-dama no Instagram supera a soma dos novos seguidores dos presidenciáveis Ciro Gomes (PDT) e Simone Tebet (MDB) no mesmo período, e não só no Instagram, mas também no Twitter, YouTube e Facebook. Os dois passaram a ser acompanhados por mais 45 mil e 55 mil usuários

 

em todas as plataformas, respectivamente.

Para Manoel Fernandes, da Bites, o crescimento de Michelle se explica pela linguagem adotada nas suas redes, distante da polarização alimentada por Jair Bolsonaro.

"Michelle tem uma narrativa mais leve do que a que o bolsonarismo costuma usar nas redes sociais. Ela fala de maneira mais acessível e menos agressiva do que o próprio marido e se mantém longe da polarização, não entra em discussões contra o sistema e as instituições", afirma Fernandes.

Michelle, que não está presente no Twitter e no Facebook, agora tem 3,3 milhões de seguidores apenas no Instagram. Ciro Gomes tem 1,2 milhão de seguidores na mesma rede, e Simone Tebet tem 190 mil.

 

Só na comparação do desempenho em buscas no Google, a primeira-dama não alcança Simone e Ciro. O interesse nas buscas pelo seu nome foi 1,5 vezes menor do que o de Simone e 2,7 vezes menor do que o de Ciro.

Já no âmbito das interações - ou seja, curtida, comentários e compartilhamentos nas plataformas -, Michelle ficou até mesmo à frente de Lula: a primeira-dama somou 88 mil, quase o dobro de Lula (46 mil) e pouco atrás do marido, com 118 mil.

No relatório elaborado para clientes da Bites, a consultora diz que esses números reforçam que Michelle é “um dos principais ativos digitais” de Bolsonaro na corrida eleitoral. O núcleo político da campanha à reeleição do presidente aposta em Michelle para pavimentar a aproximação de Bolsonaro com as mulheres e o eleitorado evangélico e a convenceu a gravar inserções de TV e a participar de eventos ao lado do marido.

As redes sociais não estão dissociadas dessa estratégia: mais da metade (55%) dos 160 milhões de usuários da internet no Brasil são mulheres.

No período em que amealhou novos seguidores, Michelle enfatizou atos de governo do marido voltados para as mulheres, à comunidade cristã, e à saúde, como a aprovação do piso salarial da enfermagem. O vídeo de seu discurso na convenção que lançou Bolsonaro como candidato à reeleição, no último dia 24, acumula quase 1 milhão de visualizações.

A primeira-dama também falou de temas como o lançamento do programa Caixa para Elas, da Caixa Econômica Federal, a autorização da realização de empréstimos e consignado para beneficiários do Auxílio Brasil por Bolsonaro e até mesmo eventos ligados ao agronegócio.

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