Resultado do primeiro turno de 2020 é sinal amarelo para Doria e PSDB
Dois anos depois de sofrer uma derrota dura na eleição presidencial com o desempenho pífio de Geraldo Alckmin, o PSDB sairá do pleito municipal de 2020 com um sabor agridoce. Ainda que seja favorito para continuar no comando da maior cidade do país, com Bruno Covas, a legenda tem o pior resultado do século em número de prefeituras e caiu do segundo lugar para o quarto no quadro nacional.
O cenário é um desafio para o presidenciável da legenda, o governador paulista João Doria. Ele esteve ontem ao lado de Covas quando o prefeito foi votar e na celebração da ida para o segundo turno. Mas ficou claro que, para chegar a essa fase final da disputa, o prefeito optou por escondê-lo da campanha.
Doria assumiu o comando da legenda no ano passado e tem a lealdade do presidente do partido, Bruno Araújo. Juntos, trabalharam para montar país afora uma estrutura que permitisse ao governador sair do pleito como um presidenciável forte. Mas o desgaste é evidente.
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A pulverização do quadro partidário abre espaço para que outras legendas busquem viabilizar seus projetos para os próximos anos ou ao menos aumentar o custo político para acordos. Parceiro preferencial e histórico, o DEM já tinha se fortalecido com o comando do Congresso e agora sai das urnas como proporcionalmente a legenda que mais cresceu, dentre as grandes. PP e PSD também saem mais fortes e o MDB mantém seu posto de maior legenda municipalista. Com isso, o desafio de Doria será ainda maior para convencer essas legendas de que é o nome ideal para uma terceira via para enfrentar daqui a dois anos o presidente Jair Bolsonaro e o PT.