No Brasil, ser crítico ao sistema de corrupção e discordar dos ídolos da esquerda é ser fascista?
Saulo Ramos, advogado, escritor, jurista, consultor geral da República e ministro da Justiça, falecido em 2013, escreveu em seu livro Código da Vida alguns detalhes dos assassinatos de Celso Daniel, prefeito de Santo André e Toinho do PT, prefeito de Campinas. Ambos eram membros do PT e foram vítimas do próprio partido, pois eram ameaças aos dirigentes maiores da agremiação pelo conhecimento que detinham sobre o elevado nível de corrupção naqueles municípios. Além deles, oito pessoas que de alguma forma estiveram ligadas àqueles assassinatos morreram de maneira um tanto quanto misteriosa.
Hoje fala-se, de maneira incorreta, de risco à democracia por conta do estilo Bolsonaro que, por muitos anos, tem falado no Parlamento contra as gangues que controlam as cidades brasileiras, contra a corrupção orgânica dos governos petistas e contra as ações violentas de certos movimentos sociais. E seus discursos, infelizmente, são como que materializados por seus adversários, como atos de violência já praticados.
Entretanto, esquecem-se Haddad e seu padrinho Lula que, desde o governo de FHC até os dias de hoje, violência e insegurança são itens que crescem todos os dias no Brasil. Basta lembrar a Via Campesina que, financiada pelo Ministério do Meio Ambiente, invadiu e destruiu os laboratórios da Aracruz. Ali, vinte anos de pesquisas científicas foram pisoteadas e reduzidas a pó. Era o dinheiro público sustentando ações de vândalos e bandidos.
Observe-se, ainda, que as mortes ocorridas neste País, em decorrência de assaltos a mão armada, invasões de propriedades e disputa entre gangues pelo controle do mercado das drogas superam as baixas que acontecem numa guerra convencional. E esse legado não pertence a Bolsonaro, nem ao PSL nem aos democratas brasileiros. Isso é obra e herança de uma esquerda mal resolvida que sempre adotou o populismo e a mentira para ter o voto dos menos favorecidos.
Pela história dos dois candidatos e dos seus respectivos partidos, qual deles, se eleito, poria a democracia em xeque? No Brasil, nos últimos tempos, ser crítico ao sistema de corrupção, discordar dos ídolos da esquerda e não aceitar a ditadura comunista é ser fascista ou nazista.
*Pedro Henrique Chaves Antero
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Professor de Ciências Políticas. BLOG ELIOMAR