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Ciro está com maturidade para voltar ao ringue político nacional?

Com o título “Ciro, Presidente”, eis artigo do advogado Reno Ximenes. Ele destaca qualidades do ex-governador e ex-ministro Ciro Gomes para a presidência da República.

O Ciro demonstra ser um raro gênio da política do Brasil, quando emerge no cenário nacional, recorrendo apenas da sua inteligência, chegando ao pé de igualdade, sozinho e com poucas fichas, em meio a líderes antigos, sustentados por meros discursos messiânicos ou pela oligarquia financeira brasileira.

Um político que não se protege na hipocrisia, para corresponder a expectativa populista dos vulneráveis, fonte de poder dos políticos comuns. Poderá ser o futuro Presidente da República, asseguro, sem qualquer exercício de bajulação, bairrismo ou irracionalismo político.

Outrora, eu afirmava indignado com a acomodação dele no Ceará, sustentando num artigo, que “o Ciro precisa se encontrar e perseguir o retorno ao seu espaço nacional, em face de sua histórica e inexorável genialidade, talento e coragem, sob pena de transformar as suas frustrações em ódios e ser soterrado em areias movediças, ambiente fatal, onde o movimento irracional e o desespero,  colaborará em favor de sua submersão definitiva..”

Fico sinceramente feliz, com o horizonte promissor que se apresenta, pois nunca tive compromisso com o rancor nem com o ódio, muito menos com aqueles que o odeiam. O seu retorno ao ringue político nacional, já com maturidade suficiente pra não cair nos constantes alçapões instalados,  assusta parte da elite paulista preconceituosa, egoísta, racista e autoritária.

O argumento que o chama de incoerente ou um indisciplinado iconoclasta, ao contrário de uma característica pejorativa, considero uma virtude intrépida fenomenal na política brasileira. Um líder político que possui o destemor de enfrentar tabus, ficções imaginárias e dogmas fascistas sociais, criados numa colônia subjugada ao extrativismo internacional e a sangria religiosa, merece todas as homenagens.  A coerência é o orgulho de obedientes funcionais. A coerência social é a mais recorrente retórica dos tolos adestrados, subterfúgio utilizado para justificar as suas constantes e próprias frustrações.

A sociedade não pode ser avaliada com uma ferrovia, que possui o equilíbrio, estabilidade e previsibilidade dos trilhos. Vista assim sempre chegaria em idênticos e bitolados destinos. Os excluídos do poder devem aprender, quanto maior for os destemperos linguísticos nos embates entre políticos, sinaliza que eles não estão partilhando interesses republicanos em silêncio.

Nesse choque verbal só quem ganha é a coletividade. O silêncio e a obediência aos códigos artificiais e diplomáticos de informação e linguagem, são regras éticas criadas pelas aristocracias ou  máfias. O chicoteado da língua na política, não pode ser visto sob o ângulo da inconveniência moral, pois há muitos efeitos benéficos em nome do bem comum. Em especial, a destruição do atual duelo advindo da nociva e enganosa polarização, composta de interesses corporativistas em guerra, entre a ambição conservadora do potentado especulativo e o pelego sindicalismo de resultados.

Por isso, vejo o Ciro um líder apresentado à nação, capaz de enfrentar e implodir a cadeia de privilégios fascistas, impregnados em todas as classes sociais, em algumas categorias profissionais e também em diversos  guetos estatais. Tais individualismos só oneram e atrofiam a capacidade de aceleração do Brasil, em sua busca incessante e definitiva por emancipação política, econômica e social, perante o mundo.

Uma frente republicana integrada de gente do bem – Requião, Jarbas Vasconcelos, Pedro Simon, Cristóvão Buarque, Roberto Amaral, Flávio Dino, Aldo Rebelo, Luiza Erundina, Eduardo Paes, Fernando Haddad, Marina Silva, Randolfe Rodrigues,  Eduardo Suplicy, Pedro Taques, dentre muitos outros,  traria de volta as massas às ruas, numa grande festa libertária e democrática pluripartiária, tão esquecida em face da falsa dicotomia instalada no Brasil.

Que as profecias bíblicas que anunciou o Ciro de outrora, O Grande, líder da Pérsia, una o Brasil de agora, encerrando mais uma vez uma farra pública, como fora suspensa pelo outro na época: a pródiga festa com o erário da Babilônia.

* Reno Ximenes, Advogado. / BLOG DO ELIOMAR

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