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Petrobras decide fechar refinaria no Japão, cuja compra se assemelha à de Pasadena

nansei sekiyu

No apagar das luzes de 2015, o conselho de administração da Petrobras deu o atestado de óbito para (mais) um dos péssimos negócios feitos na era lulista da estatal: decidiu fechar de vez no dia 31 de março a refinaria de Nansei, erguida na ilha de Okinawa, no Japão. A compra foi aprovada em 2007 e tem a mancha do dedo podre de Nestor Cerveró, então diretor internacional da gestão José Sérgio Gabrielli. O negócio guarda alguma semelhança com o escândalo de Pasadena. Como em Pasadena, o conselho de administração, presidido à época por Dilma Rousseff, recebeu um resumo com informações marotas sobre o negócio. O texto, assinado pelo notório Cerveró, omitia vários alertas feitos por técnicos da Petrobras.

Comprou-se um mico. Exatamente como ocorreu com a refinaria americana, numa transação feita um ano antes.

A Petrobras pagou US$ 350 milhões por sua primeira refinaria na Ásia (nesse total foram computados os estoques adquiridos). E levou para casa abacaxis azedos devidamente identificados pela área técnica da estatal na apreciação prévia do negócio — avaliação, claro, foi desprezada por Cerveró & Cia.

Um exemplo: embora teoricamente tivesse capacidade para refinar 100 mil barris por dia, restrições impostas pelas autoridades ambientais do Japão não permitiam que o refino passasse de 50 mil barris.

Não bastasse a encrenca, eram 50 mil barris de óleo leve e a Petrobras produz óleo pesado.

Nansei já era deficitária sob o comando dos japoneses. Continuou dando prejuízo nas mãos ineficientes da Petrobras.

De acordo com o que alertara a área técnica, só um investimento superior a US$ 1 bilhão poderia transformar a Nansei numa refinaria lucrativa.

Desde abril passado, a Petrobras pôs seu mico asiático em estado de hibernação. Não refinava mais nada ali, mas usava o terminal de armazenamento para importação e distribuição de petróleo.

Agora, o conselho deu ordem para parar de vez todas as atividades ali. Nansei está à venda. Quem compra? O GLOBO

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