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10ª Região Militar está aberta para visitação

Todos os dias é possível fazer um passeio guiado de forma gratuita na estrutura. Logo na estrada, a estátua de General Sampaio, que guarda as suas cinzas. ( Foto: Thiago Gadelha )

A história oficial de Fortaleza começa noForte de Nossa Senhora da Assunção. Em seu entorno, nasceu a vila onde surgiu a cidade, a qual nesta semana, dia 13 de abril, completa 290 anos. No entanto, infelizmente, nem todos que nasceram ou moram na capital cearense visitaram sua estrutura, que atualmente abriga a sede da 10ª Região Militar. Mais do que isso, muito nem ao menos conhecem a origem de Fortaleza.

Todos os dias é possível fazer um passeio guiado de forma gratuita na estrutura. Logo na estrada, a estátua de General Sampaio, que guarda as suas cinzas, recebe os transeuntes. A poucos passos, à direita, faz-se presente Martins Soares Moreno, soldado português considerado fundador do Estado, por ter levantado o Forte de São Sebastião, na Barra do Ceará. 

Ao lado, está o túnel onde acreditam ter sido presa Bárbara de Alencar, avó de José de Alencar, e ainda Nossa Senhora de Assunção, imagem verdadeira trazida à Capitania do Ceará em 1654, pelo Capitão-Mor português Álvaro de Azevedo Barreto. E durante a semana é possível ver ainda em seu interior o museu dedicado a General Sampaio, no qual é narrado um pouco de sua vida e batalhas, inclusive com armas da época de seus combates.

O percurso dura apenas 30 minutos, sendo feito de 8h às 16h de segunda a sexta e até o meio-dia aos fins de semana. Porém, a procura é mais por grupos escolares, algumas vezes ultrapassa a média, em um único dia, de 300 visitantes. Aliás, é graças a esses passeios que grande parte dos fortalezenses conhecem o Forte. É o caso da advogado Alexandre Leitão de Souza, de 40 anos. Sabe de todo o trajeto da visitação devido a um passeio pelo colégio quando criança, mas nunca retornou quando mais velho. 

E na lista de pontos turísticos não visitados, o Mercado Central também entra na relação dos que nunca nem ao menos entrou e deu uma olhada. Isso não é raro encontrar pela cidade. A advogada Cláudia Mota, de 32 anos, por exemplo, nunca foi ao Forte ou a nenhum museu da capital. Em contrapartida, quando viaja, costuma fazer passeios culturais em outros estados.

É como justifica o comerciante industrial, Gustavo Toscana, "santo de casa, nunca faz milagre". Ao parar no Passeio Público, Toscana nem ao menos tinha percebido que acabara de passar pela 10ª Região Militar durante o seu percurso na Ciclofaixa de Lazer. Nascido em Pernambuco, já está há 13 anos em Fortaleza, mas desconhece o Forte, os museus do Ceará e todas as tradicionais histórias curiosas da cidade, como o Bode Ioiô. E quase o mesmo aconteceu em sua cidade natal. Conhecia a história de Recife e Olinda, porém foi preciso retornar como turista para fazer os passeios turísticos da região. 

Assim como o comerciante José Irismar da Silva, de 50 anos, muitos só passam pelo Forte, sem nunca parar ou entrar para conhecer um pouco mais de sua história. Alguns ainda desconhecem que podem aproveitar o caminho da Ciclofaixa de Lazer e estacionar a bicicleta em frente ao 10ª Região Militar para uma visita guiada aos domingos. Então, aproveite o mês de aniversário da cidade e descubra Fortaleza. Comece pelo local onde tudo começou e avance pelos pontos que não deveriam ser restringidos a turistas. Diarionordeste

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