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Brasil registra 13,7 mil mortes que ficaram sem esclarecimento e não entraram nas estatísticas de homicídio de 2019, diz Anuário

Por Cíntia Acayaba e Thiago Reis, G1

 

O Brasil registrou no ano passado 13.705 mortes “a esclarecer” – um aumento de 9% em relação a 2018, quando foram computadas 12.232 mortes do tipo. É o que mostra o 14º Anuário Brasileiro de Segurança Pública, divulgado neste domingo (18) pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública.

Isso significa que há mortes que podem ter sido motivadas por violência fora das estatísticas oficiais de assassinatos.

As mortes sem causa conhecida aparecem quando não há o correto preenchimento das informações das vítimas e dos incidentes e, sobretudo, quando não se consegue estabelecer a causa das mortes violentas: homicídios, acidentes de trânsito ou suicídios.

Para chegar à estatística, foram consideradas apenas os “encontros de cadáveres sem lesões aparentes” e as mortes com “dúvidas quanto a suicídio ou morte provocada”. As mortes suspeitas acidentais e súbitas não foram incluídas.

“O cenário de precarização das polícias investigativas ocorre há muito tempo. O contexto é de restrição orçamentária, junto com problemas de remuneração e de equipamentos das polícias investigativas. Isso tende a piorar cada vez mais. Morte a esclarecer é muito sério. Significa que pode haver maquiagem da estatística. É preciso investir na polícia investigativa e no mapeamento de dados para que não haja manipulação dos dados", afirma Rafael Alcadipani, professor da FGV e consultor do Fórum.

Mato Grosso do Sul tem a maior taxa de mortes a esclarecer, de 36,4 por 100 mil habitantes, seguido do Rio de Janeiro, com taxa de 25,1.

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