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'Não vai ser um Memorial da Anistia. Podemos encontrar outro destino para este prédio', diz Damares em visita a BH

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Damares anunciou, na manhã desta terça-feira, que o Memorial da Anisitia não vai mais fazer referência ao período da ditadura militar — Foto: Carlos Eduardo Alvim / TV Globo

 

Em visita à Belo Horizonte, a ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos Damares Alves anunciou que não será mais feito Memorial da Anistia, no bairro Santo Antônio, na Região Centro-Sul. "Esta obra não vai ser entregue para a sociedade como memorial. Podemos encontrar outro destino para este prédio", afirmou a ministra.

Idealizado há dez anos, o projeto do Memorial visa à preservação e à difusão da memória política do período da ditadura militar.

O projeto previa a reforma do "Coleginho", no bairro Santo Antônio, que já abrigou a Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas (Fafich) da UFMG. Havia previsão de instalação de uma exposição de longa duração com obras e materiais históricos, além da construção de dois prédios anexos e uma praça de convivência.

Damares disse que a memória da época já está preservada e que o local não tem condições de ser um memorial. "Nós temos respeito pelos anistiados", afirmou.

"Esta não é a resposta que os anistiados querem. A memória já está preservada", completou a ministra, informando que a verba que seria destinada ao Memorial será voltada para outras ações, como indenização dos anistiados, além de aprimoramento da comissão.

 

A ministra chegou a dizer que gastaram R$ 28 milhões no prédio. Mas foi corrigida pelo pró-reitor da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) Alessandro Fernandes Moreira, que disse ter gastado menos da metade, R$ 12 milhões, desde 2009.

Após a visita às obras, a ministra Damares embarcou para Brasília.

Alvo de operação da Polícia Federal

Em dezembro de 2017, o Memorial da Anistia foi alvo de uma operação da Polícia Federal, que apurava suposto desvio de cerca de R$ 4 milhões em recursos públicos. O projeto foi financiado pelo Ministério da Justiça e executado pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).

Oito mandados de condução coercitiva - quando o suspeito é levado para depor - e 11 de busca e apreensão foram cumpridos. Contratos foram recolhidos.

As investigações apontavam que teriam sido gastos mais de R$ 19 milhões na construção e pesquisas de conteúdo, mas, de acordo com a polícia, “o único produto aparente é um dos prédios anexos, ainda inacabado”.

Ainda segundo as investigações, os quase R$ 4 milhões teriam sido desviados por meio de fraudes em pagamentos realizados pela Fundep, contratada para realizar as pesquisas de conteúdo e produção de material para a exposição de longa duração que o memorial abrigará.

De acordo com a PF, os desvios teriam ocorrido por meio de pagamentos a fornecedores sem relação com o projeto e de bolsas de estágio e de extensão.

A UFMG ainda não se posicionou sobre o assunto. PORTAL G1

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