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BR18 Analisa: Bolsonaro em Dallas: destempero e improviso

A viagem de Jair Bolsonaro a Dallas se revelou um festival de improviso e fez com que, distante do País quando enfrentou seu primeiro protesto de rua, o presidente primasse pelo destempero e pelas grosserias ao tratar de um tema sério.

Nada republicano. Na terça o presidente já havia chamado os manifestantes de idiotas úteis e de imbecis, massa de manobra da esquerda. Diante dos protestos que levaram centenas de milhares às ruas em todo o Brasil, continuou subestimando as reivindicações e, questionado sobre o contingenciamento em Dallas, desferiu impropérios contra uma jornalista.

Vai mal. Mas enquanto o presidente prefere se prender a eufemismos, se irritando quando a palavra corte (que ele mesmo usou) era usada no lugar de contingenciamento, os sinais concretos no MEC continuam sendo de desacerto na gestão. Foi demitido o segundo presidente do Inep em menos de cinco meses. Elmer Vicenzi é ex-delegado da Polícia Federal e estava no cargo desde 29 de abril –já na gestão Weintraub, portanto.

 

Mais rua. No rescaldo do protesto de quarta-feira, novas manifestações começam a ser gestadas. Apoiadores do presidente convocam para o dia 26 o ato “Todos Contra o Centrão”, e os críticos dos cortes da Educação levaram ao primeiro lugar no Twitter a hashtag #Dia30VaiserMaior, para o repeteco dos atos de quarta.

Meu filho, minha vida. Outra razão para a irritação de Bolsonaro durante a improvisada e inócua viagem a Dallas foram os desdobramentos das investigações sobre seu filho Flávio, cuja quebra de sigilos atingirá também ex-assessores do próprio presidente e de outro filho, o vereador Carlos. Bolsonaro acusou o Ministério Público e a imprensa de quererem atingi-lo ao mirar no filho. “Venham para cima de mim, não vão me pegar”, bravateou.

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