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Quem falta prender?

São inúmeras as denúncias decorrupção envolvendo políticosbrasileiros de todos os escalões. A prisão de Temer e seu ministro, um marco nacional, poderá ser seguida de outras. Lembram quando o primeiro objeto da ira nacional era Eduardo Cunha? O desejo de ver preso o ex-deputado condenado era uma unanimidade. Brasileiros de esquerda o odiavam por ele ter liderado o impeachment da ex-presidente Dilma. Os de centro e direita, não conseguiam engolir a arrogância de um homem cujo nome era sinônimo de corrupção.

 

Quem do primeiro escalão ainda falta ser encarcerado, se levado em conta apenas as denúncias e a vontade dos brasileiros? O primeiro deles é o senador Renan Calheiros (MDB), que responde a 17 inquéritos por corrupção. A sobrevida do senador alagoano só se explicava pelo fato dele ter exercido com muito apetite a presidência do Congresso Nacional. Renan chegou a desobedecer uma ordem do STF que o afastava do cargo. Tem que ver o que acontece agora que ele foi desalojado da maior cadeira azul do plenário do Senado.

 

Outro político que está na mira do país é o deputado Aécio Neves. São tantas e tão abundantes as denúncias repletas de provas contra o ex-candidato a presidente do PSDB que fica difícil até para seus advogados defendê-lo. Pode faltar aqui e ali algum elemento técnico que justifique a inércia da justiça em relação a prisão de Aécio. Mas a pergunta que se faz é se ainda vai demorar muito para que todos esses nós acabem desatados.

 

Está claro para todos que o país está farto de corrupção e de corruptos. Essa, aliás, foi uma das razões da eleição de Jair Bolsonaro. Muitos acreditavam que o candidato da extrema direita acertaria o Brasil (15% já perceberam que não). Perdem credibilidade junto aos brasileiros todos os que tergiversam quando o assunto é o combate incessante à corrupção.

 

ASCÂNIO SELEME / O GLOBO

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