O País que se lixe - O ESTADO DE SP
Desde a campanha eleitoral de 2018 se sabe que lulopetismo e bolsonarismo são da mesma cepa. Um alimenta o outro, na expectativa de que a polarização os favoreça, e ambos só se preocupam de fato com os interesses de seus líderes messiânicos, nunca com os interesses dos brasileiros em geral – que são invocados por esses demagogos apenas para sustentar uma retórica salvacionista destinada a justificar expedientes autoritários.
Para o lulopetismo e o bolsonarismo, a aflição de milhões de brasileiros diante das catastróficas consequências da covid-19, para ficar apenas nesse dramático exemplo, não é nada senão instrumento para seus projetos de poder.
O presidente Jair Bolsonaro, por exemplo, sempre que se manifesta a respeito da epidemia o faz para responsabilizar terceiros, seja a imprensa, que noticia a crise, sejam os governadores, que tomaram providências duras para enfrentá-la. Chegou a dizer, no domingo passado, em entrevista à TV CNN, que “com toda certeza há um interesse econômico envolvido nisso para que se chegue a essa histeria”. Segundo o presidente, em raciocínio tão tortuoso quanto seu português, houve uma “crise semelhante” em 2009, em referência à pandemia de gripe A, mas “no Brasil o PT que estava no governo, e nos EUA eram os democratas, e a reação não foi nem sequer perto dessa que está acontecendo hoje em dia no mundo”. Traduzindo: para Bolsonaro, houve um conluio esquerdista envolvendo a imprensa e os governos do PT, no Brasil, e do democrata Barack Obama, nos Estados Unidos, para abafar a crise causada pela gripe A; agora, como tanto o Brasil como os Estados Unidos são governados por direitistas, “interesses econômicos” ocultos tentam desgastá-los.
A tática é antiga, tendo sido usada pelos mais conhecidos regimes totalitários ao longo da história: em meio a uma crise, atribui-se a responsabilidade a conspiradores que agem nas sombras com objetivos inconfessáveis, a serviço de potências estrangeiras. No caso do Brasil, o presidente Bolsonaro não disse quais eram esses “interesses econômicos” tão nefastos, mas os bolsonaristas trataram de esclarecer nas redes sociais: trata-se da China comunista.
Nesse ponto, como em tantos outros, os bolsonaristas se espelharam no presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que chamou o coronavírus de “vírus chinês”. E Eduardo Bolsonaro, deputado federal e filho do presidente, tratou de responsabilizar a China pela epidemia, causando um atrito diplomático com o governo chinês.
No mundo real, o comportamento de Eduardo Bolsonaro – que nada mais fez do que se inspirar no próprio pai e em Trump – irritou profundamente os representantes do agronegócio brasileiro, que depende em larga medida do mercado chinês. Mas essa consequência, para os propósitos bolsonaristas, é irrelevante; o que interessa é manter a mobilização dos devotos de Bolsonaro no momento em que o presidente vê diminuir sua popularidade.
Já o lulopetismo investe, como sempre, no cinismo desbragado. O PT, cuja passagem pelo poder ensejou a maior crise política, econômica e moral da história brasileira e que intoxicou a atmosfera democrática com um discurso de exclusão dos que questionam suas certezas ideológicas, aproveita a comoção do momento para tentar pegar carona nos protestos espontâneos contra Bolsonaro. Até a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, apareceu em vídeo no Twitter para estimular os panelaços – que, quando eram contra a presidente Dilma Rousseff, foram qualificados de “orquestração com viés golpista da burguesia” pelo partido. Como um parasita, o lulopetismo tenta extrair lucro político do terrível momento do País e aposta na falta de memória. Em vídeo compartilhado por Gleisi, a culpa da crise atual é atribuída a quem apoiou a oposição ao PT, o impeachment de Dilma e a reforma trabalhista. Não fossem esses cidadãos, não haveria nem crise nem ódio no País, é o que diz, em resumo, o vídeo divulgado por Gleisi.
O lulopetismo e o bolsonarismo, como se vê, se merecem – e o País que se lixe.
Coronavírus: crise econômica se anuncia tão grave quanto a de 2008
Desde que foi deflagrada a crise financeira de 2008, pairou uma dúvida entre brasileiros atentos à economia mundial: por que investidores aceitavam comprar títulos de países desenvolvidos que “pagavam” juros negativos? Enquanto o Brasil pagava lesivos 14% ao ano em juros no período de recuperação global que se seguiu dois anos após a quebra do banco Lehman Brothers, Estados Unidos, Japão e Reino Unido tinham taxas soberanas menores que seus índices de inflação e, na prática, cobravam de quem aceitava emprestar dinheiro. A justificativa estava na confiança depositada nos governos: se o mundo quebrar, esses serão os últimos a dar um calote. Assim, endividaram-se e puderam resgatar a atividade econômica do abismo.
Pois, eis que na crise seguinte, a que vivemos agora, causada pela pandemia de coronavírus, o Brasil entrou para o clube dos países que pagam juros negativos. Na quarta-feira 18, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central executou mais um corte na taxa Selic, a nossa taxa básica de juros, para 3,75%. Com o índice de preços ao consumidor amplo (IPCA) marcando uma inflação de 4,01% nos últimos doze meses, pela primeira vez desde a estabilização da moeda, marcada pelo Plano Real, há 26 anos, o governo cobrará a quem lhe empresta dinheiro. A diferença, contudo, é que a economia brasileira não é de ponta e sólida como a dessas nações. A crise do coronavírus lançou o país num campo de incertezas econômicas tão grandes quanto as sanitárias.
O exercício praticado pelos economistas de tentar prever o futuro é cada vez mais estéril. De uma semana para outra, as estimativas de crescimento do Brasil foram jogadas ladeira abaixo e agora, num cenário otimista, apontam para a estagnação. Pura especulação. Neste momento, é impossível ter a certeza do impacto e do prazo da crise. “A cada nova variável, a cada mês que passar, teremos um quadro completamente diferente”, afirma o economista José Pastore. O que de fato está dado, contudo, é que o crescimento, que no começo do ano era projetado para ser superior a 2,5%, é comparável agora a um sonho murcho na vitrine de uma padaria às moscas por medo da pandemia. Os governos estaduais apertaram o cinto e decretaram o fechamento de shopping centers, academias, bares, restaurantes, centros de convenções — ou seja, toda uma cadeia de serviços sofrerá nos próximos 45 dias a maior perda de receita que já terão registrado.
Com transmissão comunitária, Ceará é o Estado do Nordeste com mais casos de Covid-19
O novo coronavírus evoluiu no Estado do Ceará. Com alta transmissão, o contágio da Covid-19 tornou-se comunitário, ou seja, a pessoa pode ser infectada na própria região, sem necessidade de viagem ao exterior, por exemplo. O anúncio foi da Secretaria da Saúde (Sesa), acompanhado do novo boletim epidemiológico: 68 casos confirmados, até ontem (20).
Índice crescente e que representa evolução de 2.100% desde o 1º registro, há cinco dias, quando eram três doentes. E os espaços afetados são Fortaleza (63), Aquiraz (1), Fortim (1), Sobral (1) e Juazeiro do Norte (1), além de um paulista que testou positivo, o que deixa o Ceará na liderança de casos do Nordeste.
A Pasta também comunicou que não irá mais divulgar números de casos suspeitos ou descartados. O documento diário será mais simples, com dados voltados para o registro de infectados, sem descrição de idade ou sexo.
No Brasil, o processo de pandemia é ainda mais notório, com 904 contaminados distribuídos entre os estados e o Distrito Federal. São 11 óbitos, sendo nove em São Paulo e dois no Rio de Janeiro - apenas Roraima e Maranhão não registram a doença.
Um cenário grave, mas previsto pelo Governo do Estado, segundo o titular da Sesa, Dr. Cabeto. Antes da divulgação dos números latentes, o Executivo lançou um decreto prevendo contenção para estabelecimentos comerciais a fim de evitar qualquer aglomeração - supermercados, redes hospitalares e farmácias são exceção e seguem abertos.
Março negro marca reinício do governo Bolsonaro... - JOSIAS DE SOUZA
O governo Jair Bolsonaro, tal qual os brasileiros conheceram em 1º de janeiro de 2019, acabou. O que se vê em Brasília é um recomeço, uma espécie de Bolsonaro 2º, a Caída em Si.
Digamos que há 15 meses o capitão tivesse um governo estalando de novo, um Posto Ipiranga, uma agenda de reformas, um PIB potencial de 2,5% e uma mulher chamada Michelle, e a vida lhe sorrisse.
A situação de Bolsonaro hoje é a seguinte: precisa caprichar mais na "festinha" de Michelle, que aniversaria no domingo, do que na celebração do seu próprio aniversário, neste sábado. A primeira-dama pode ser a única coisa que lhe resta.
Aquele Bolsonaro do início de 2019 não tinha oposição. O atual enfrenta um rival duro de roer: Coronavírus. Num instante em que parecia faltar rumo ao governo, o vírus mostrou que seu rumo é o de uma crise sem precedentes.
O principal problema do presidente no recomeço do governo é que o pedaço da classe média que voltou a bater panelas na janela é incapaz de reconhecer nele capacidade para lidar com a crise. E Bolsonaro é incapaz de demonstrá-la.
Não é que o capitão não tenha farejado soluções para o problema da pandemia e da ruína econômica que vem junto. Em verdade, ele ainda não enxergou nem mesmo o problema.
Há 11 dias, falando para empresários, em Miami, disse que o coronavírus "não é essa coisa toda que a grande mídia propaga." Chamou o flagelo de "fantasia". Nesta sexta, declarou que provoca uma "gripezinha".
Dois dias antes, Paulo Guedes dissera estar "tranquilo". Por quê? O mundo desacelerava, mas a economia brasileira, que tem uma dinâmica própria, estava "em plena reaceleração." O pibinho de 1,1% em 2019 desautorizava o raciocínio.
Nesta sexta-feira, a equipe econômica deu um cavalo-de-pau que deixou Guedes sem nexo. Apenas nove dias depois de ter reduzido o prognóstico do PIB para 2020 de 2,4% para 2,1%, a pasta da Economia rebaixou a taxa para zero —ou 0,02%.
Guedes e sua equipe pedem a você e ao mercado que acreditem no governo. É como se dissessem: Vamos lá, gente. Agora é sério!
Nessas coisas de crença, a credibilidade de quem pede o voto de confiança conta muito. E o histórico do governo, convenhamos, não o credencia. Com o coronavírus, o ruim ficou muito pior.
Todo mundo olha para Brasília de esguelha. E pisa a conjuntura de mansinho, que é pra não enfiar espinho no pé. Sob Bolsonaro 2º, a economia entrou na sua fase São Tomé. É preciso ver primeiro.
Os economistas não gostam da comparação. Mas o vírus potencializou a sensação de que suas previsões funcionam como profecias de videntes.
A teoria econômica e a bola de cristal estão sempre certas. As pessoas é que não se comportam como o previsto.
O governo mobiliza seus técnicos mais talentosos. Eles enfiam o imponderável dentro das previsões mais precisas. Daí vem o ser humano, com seus apetites, caprichos e medos, e põe tudo a perder.
Para complicar, o coronavírus exerce sobre a economia o efeito de um sorvo de gigante. Na previsão mais pessimista, a Fundação Getúlio Vargas projeta para 2020 uma retração de notáveis 4,4%.
Trata-se de algo jamais visto em 58 anos. Se a quiromancia da FGV estiver mais certa do que a vidência do time de Guedes, o coronavírus conseguirá ser tão destrutivo quanto o Dilmavírus, que produziu duas recessões traumáticas em 2015 e 2016, quando a economia despencou 3,5% e 3,3%.
Se confirmada, uma conjuntura assim, tão nefasta, transformaria o governo de Bolsonaro 2º numa espécie de ocaso hipertrofiado. Um epílogo comandado por um presidente bem diferente daquele que cavalgava expectativas esplendorosas no início de 2019.
Dizia-se que a reforma da Previdência reativaria rapidamente a economia, produzindo taxas de crescimento que ultrapassariam os 2,5% anuais. Deu no que está dando.
Há duas semanas, quando ainda estava na fase de negação, Guedes programara para esta sexta-feira o anúncio de um contingenciamento (pode me chamar de bloqueio de verbas) de quase R$ 40 bilhões. A pandemia virou a programação do avesso.
Sob estado de calamidade sanitária, em vez de cortar despesas, Guedes será obrigado a abrir os cofres. O déficit de 2020, antes estimado em 124 bilhões, ultrapassará em muito os R$ 200 bilhões.
As reformas estruturais do ministro, que já não empolgavam Bolsonaro e os líderes do Congresso, envelheceram antes de ficar prontas.
O liberalismo do Posto Ipiranga agora está, por assim dizer, subordinado à lógica do posto de saúde. Guedes perde holofotes para o colega Henrique Mandetta, da Saúde.
Nesta sexta, falando numa videoconferência com empresários, Mandetta vaticinou: "Claramente, no final de abril, nosso sistema [de Saúde] entra em colapso. O que é um colapso? É quando você pode ter o dinheiro, você pode ter o plano de saúde, pode ter a ordem judicial, mas simplesmente não há um sistema para você entrar. É o que está vivenciando a Itália, um dos países de primeiro mundo. Atualmente, não tem onde entrar."
Quer dizer: confirmando-se o cenário descrito por Mandetta —que ele tentou atenuar ao perceber que chamara a atenção dos repórteres— este março negro que marca a inauguração do governo de Bolsonaro 2º é apenas o prenúncio de um resto de mandato sombrio.
Durante a semana, enquanto anunciava uma "festinha" de dois dias para celebrar seu aniversário e o de Michelle, Bolsonaro declarou que a crise do coronavírus vai passar. Verdade. Átila também passava. O problema era a situação em que ficavam o gramado e a vegetação em volta depois da passagem do rei dos hunos.
Bolsonaro parece inoculado por um cognitusvírus
Por que Jair Bolsonaro não consegue fazer a coisa certa? Difícil responder a esta pergunta sem entender a cabeça confusa do presidente, que em pouco mais de um ano jogou por terra quase todo o seu capital político. Não se trata de compreender apenas seu comportamento na epidemia de coronavírus, embora essa seja a evidência mais clara de sua incapacidade, mas sim os sucessivos equívocos que vem cometendo desde a sua posse. A resposta mais adequada talvez se encontre avaliando a sua capacidade cognitiva usando como ponto de vista a política.
O Brasil experimentou mais de duas décadas de governos de centro-esquerda, com os oito anos de Fernando Henrique, outros oito de Lula e mais seis anos de Dilma. Desde o primeiro mandato de FH, os presidentes do Brasil foram inteligentes o suficiente para entender que, depois de empossados, o discurso de campanha deve obrigatoriamente mudar. Os três citados abriram seus leques e expandiram seus horizontes de maneira a tentar atender aos anseios e às demandas de todos os brasileiros.
FH governou sempre com maioria no Congresso e conseguiu até mesmo o apoio do PT ou de parte dele em votações importantes. Com essa maioria aprovou a emenda da reeleição e foi reeleito no primeiro turno. O ex-presidente tucano era agregador, sabia jogar com o time. Muitas vezes preferia contrariar seu próprio partido em benefício de aliados. Sabia depois compensar os companheiros que momentaneamente eram deixados de lado.
Lula também fez política de resultados. Eleito pela esquerda, governou com o centro, e em muitos casos com os métodos e as políticas do centro, e manteve-se no poder por 14 anos. Depois dos seus dois mandatos, elegeu e reelegeu Dilma. Ambos fizeram alianças que garantiram durante muito tempo a maioria legislativa. Foi quando perdeu essa maioria que Dilma caiu. Lula, que alguns anos antes se metera no escândalo do mensalão, conseguiu segurar-se no cargo em razão da sua capacidade aglutinadora.
Diante dos escândalos que explodiram nos governos petistas e na curta gestão de Michel Temer, o Brasil embarcou na onda da direita conservadora. E aí entrou Bolsonaro. Eleito nessa enorme maré de insatisfação com os políticos profissionais, o presidente tinha tudo para fazer a experiência à direita para o qual o país lhe conferira o mandato. Desde o primeiro momento, contudo, o capitão foi trabalhando contra o seu próprio governo, a começar pela reforma da Previdência, pela qual não fez qualquer esforço entregando o trabalho pela sua aprovação ao ministro da Fazenda e ao presidente da Câmara.
Não dá para listar, por serem inúmeras, as bobagens produzidas pelo presidente. Mas o certo é que a sua forma de atuar difere na essência da dos seus antecessores. Bolsonaro não é cooperativo, não é generoso e não cogita fazer concessões em nome do entendimento. É exatamente o oposto do que se espera de um governante. No caso da Covid-19, ele cometeu e segue cometendo todos os erros que estariam incluídos em qualquer lista do que não fazer em caso de epidemia. Estão enganados os que enxergam nisso um método. É burrice mesmo.
Bolsonaro parece ter sido inoculado por um cognitusvírus, o mesmo contraído por seu filho Eduardo Bananinha, que o impede de pensar com tranquilidade, analisando todas as alternativas, dando chance ao contraditório, abrindo espaço para o debate. Até mesmo o governador do Rio, Wilson Witzel, que muito recentemente não sabia o que fazer com a água contaminada da Cedae, parece um estadista diante de um abobado presidente. Witzel mostra serviço, toma medidas, assim como o ministro da Saúde, Luiz Mandetta. Enquanto isso, o presidente atabalhoado tumultua o trabalho dos outros e confunde a população.
Conflito entre Bolsonaro e governadores se acirra com crise do coronavírus
BRASÍLIA, RIO E SÃO PAULO — A crise do novo coronavírus escancarou a falta de sintonia entre o governo Jair Bolsonaro e governadores do país. A sexta-feira foi marcada por troca de acusações públicas entre o presidente e os chefes dos Executivos do Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PSC), e de São Paulo, João Doria (PSDB).
Irritado com medidas restritivas impostas por governadores, como o fechamento de fronteiras interestaduais, Bolsonaro acusou os antigos aliados de usurpar suas competências. Em entrevista coletiva, durante a tarde, no Palácio do Planalto, o presidente afirmou:
— Lamentavelmente tem um governador de Estado que só faltou declarar independência do mesmo, como se não fizesse parte da Federação — disse Bolsonaro, numa clara referência a Witzel.
Na noite de quinta-feira, o governador do Rio anunciou medidas para tentar conter o avanço da Covid-19. A principal delas é o fechamento dos limites da capital. A ideia é criar um cinturão de proteção para evitar que os transportes públicos levem passageiros de outras regiões para a cidade do Rio. A partir de hoje, estão proibidas também visitas a praias, rios e pontos turísticos da cidade, como o Pão de Açúcar e o Corcovado.
Witzel reagiu à crítica de Bolsonaro no mesmo tom, indicando, mais uma vez, unidade dos governadores. Ele reclamou da falta de diálogo com o Palácio do Planalto e disse que as medidas adotadas em seus Estados são reflexo da falta de atuação de Bolsonaro no combate à pandemia.
— São os nossos hospitais que serão impactados e o governo federal ainda em passo de tartaruga. Só fiz o decreto para que o governo tome ciência das medidas que precisam ser adotadas e, de uma vez, acorde. É necessário acabar com essa atitude antidemocrática e ouvir os governadores — disse Witzel à Globonews.
O governador de São Paulo, João Doria, também reagiu. Afirmou estar fazendo o que o presidente não faz: “liderar”. E que, quando o presidente “faz, faz errado”.