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Heitor Férrer critica ausência de materiais nos hospitais

Deputado Heitor FérrerDeputado Heitor FérrerFoto: Máximo Moura

 
O deputado Heitor Férrer (PSB) afirmou, durante o primeiro expediente da sessão plenária da Assembleia Legislativa desta terça-feira (14/11), que a falta de materiais vem afetando procedimentos em hospitais públicos do Ceará.

“É inaceitável que nos meses de outubro, novembro e dezembro haja esse desabastecimento de material básico de nossos hospitais, condenando à morte as pessoas”, protestou. Para ele, é preciso que o Estado se planeje melhor, para que não seja decretada uma "pena de morte oficial" no Estado. 

O parlamentar informou que, no último fim de semana, recebeu várias informações de médicos e entidades médicas denunciando “outro tipo de violência, que é a omissão do Estado na assistência médica ao povo do Ceará”.

Heitor leu alguns relatos, como o de cardiologistas denunciando o caso do Hospital de Messejana - referência em cardiologia no Ceará e no Nordeste -, que estaria há dois dias sem oferecer os serviços de hemodinâmica e trombolítico.“O Hospital de Messejana funcionar sem hemodinâmica e trombolítico é uma tragédia. Os médicos não têm o que fazer e assistem aos pacientes morrerem de infarto. Isso é muito grave”, lamentou, lembrando que as doenças cardiovasculares são as que mais matam.

O parlamentar também leu nota de diretores de hospitais se queixando da falta de insumos e remédios. O documento, segundo ele, foi enviado à Secretaria de Saúde do Estado (Sesa) e ao Conselho Regional de Medicina (Cremec) nesta semana.“Os próprios diretores, que têm lá seus cargos indicados pelo próprio governante, não estão suportando mais e vão à imprensa afirmar que as unidades hospitalares passam por um colapso e a população está abandonada à própria sorte”, relatou.

Em outra nota, da Associação dos Médicos do Hospital Geral do Ceará (HGF), era decretada a falência da assistência médica da instituição. Segundo ele, além de conviver com os mesmos problemas de superlotação na emergência e UTI Neonatal, bem como com as crescentes filas cirúrgicas, a unidade está sem abastecimento de insumos, o que tem levado ao cancelamento da assistência aos pacientes em diversas especialidades. “É a decretação de pena de morte oficial pelo Governo do Ceará”, reiterou.

Heitor Férrer defendeu ainda a necessidade de investigar o Instituto de Saúde e Gestão Hospitalar (ISGH), responsável pela administração dos hospitais no Estado. Segundo ele, os recursos repassados ao instituto vêm se “robustecendo”, chegando ao limite de R$ 561 milhões pelo Governo do Estado, “para administrar o caos na saúde do Estado.”

Para ele, os problemas na saúde se devem ao mau gerenciamento dos recursos por parte do instituto e da Secretaria de Saúde.

Ainda conforme o deputado, a arrecadação estadual subiu 6,4%, o que poderia, na opinião dele, sanar a problemática enfrentada na área. “Se a arrecadação está subindo, não era para estar faltando dinheiro para as nossas unidades hospitalares”, disse.

A deputada Dra. Silvana (PMDB) afirmou que se sente "inquieta" ao se deparar com o testemunho de uma chefe de equipe do HGF relatando que pacientes ficam sem prescrição médica por quatro dias por falta de profissionais médicos. A parlamentar pediu providências por parte da Secretaria da Saúde. “Isso é uma calamidade”, avaliou.

LS/PN

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